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07-12-2007

O objectivo é pressionar a administração a concluir a renegociação


Aveiro - Transportes Urbanos em greve parcial

Os trabalhadores da MoveAveiro, empresa municipal que assegura os transportes urbanos, decidiram, em plenário, fazer greve de tempos parciais ao início de cada turno, durante duas semanas, em Janeiro.

O objectivo é pressionar a administração a concluir a renegociação do acordo de empresa, nomeadamente na sua componente pecuniária.

Durante a tarde de hoje, entre as 16:00 e as 20:00, a frota de autocarros da MoveAveiro paralisou, com o objectivo de permitir a participação no plenário.

Jaime Ferreira, coordenador da direcção regional do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local(STAL) disse à Lusa que foram assegurados os serviços mínimos propostos no pré-aviso de greve, nomeadamente os transportes escolares, e que "o objectivo principal da paralisação de hoje foi a realização do plenário e não prejudicar os utentes".

Durante o plenário, de acordo com o dirigente sindical, os trabalhadores decidiram voltar à greve em Janeiro, "pegando hora e meia mais tarde no início de cada jornada, durante duas semanas".

Jaime Ferreira disse à Lusa que essa foi a forma encontrada para pressionar a administração a concluir a negociação do acordo de empresa, suspensa desde Abril.

"O conselho de administração havia delegado em dois técnicos a negociação, excepto no que respeita à situação pecuniária, o que estava a correr razoavelmente bem. Em Abril ficou o acordo concluído menos essa parte e aguardamos por Setembro, devido à substituição de um vereador da Câmara, que obrigou á recomposição do conselho de administração.

Em Setembro queríamos ver isto resolvido e foi-nos pedido para aguardar até Outubro por uma proposta, mas passou Novembro e nada se concretizou", descreveu.

Em causa estão incentivos financeiros e a expectativa de aumento do subsídio de alimentação, que os trabalhadores temem que estejam a ser protelados devido a uma possível privatização, segundo disse à Lusa o dirigente sindical.

Outra questão abordada no plenário foi a irregularidade com que estão a ser processados os vencimentos, quando feita a comparação com os colegas da Câmara Municipal, que recebem ao dia 20, enquanto na MoveAveiro os vencimentos não têm dia certo para serem processados, quando "têm os mesmos direitos e regalias".

No último mês os ordenados foram pagos no dia 25 e, ao contrário dos funcionários da Câmara, ainda não lhes foi processado o subsídio de Natal.

Contactada pela Lusa, fonte municipal remeteu para amanhã a divulgação de dados pelo conselho de administração sobre a adesão à greve de hoje e de outros esclarecimentos.

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