O OBJECTIVO É PRESSIONAR A ADMINISTRAÇÃO A CONCLUIR A RENEGOCIAÇÃO |
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Os trabalhadores da MoveAveiro, empresa municipal que assegura os transportes urbanos, decidiram, em plenário, fazer greve de tempos parciais ao início de cada turno, durante duas semanas, em Janeiro.
O objectivo é pressionar a administração a concluir a renegociação do acordo de empresa, nomeadamente na sua componente pecuniária.
Durante a tarde de hoje, entre as 16:00 e as 20:00, a frota de autocarros da MoveAveiro paralisou, com o objectivo de permitir a participação no plenário.
Jaime Ferreira, coordenador da direcção regional do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local(STAL) disse à Lusa que foram assegurados os serviços mínimos propostos no pré-aviso de greve, nomeadamente os transportes escolares, e que "o objectivo principal da paralisação de hoje foi a realização do plenário e não prejudicar os utentes".
Durante o plenário, de acordo com o dirigente sindical, os trabalhadores decidiram voltar à greve em Janeiro, "pegando hora e meia mais tarde no início de cada jornada, durante duas semanas".
Jaime Ferreira disse à Lusa que essa foi a forma encontrada para pressionar a administração a concluir a negociação do acordo de empresa, suspensa desde Abril.
"O conselho de administração havia delegado em dois técnicos a negociação, excepto no que respeita à situação pecuniária, o que estava a correr razoavelmente bem. Em Abril ficou o acordo concluído menos essa parte e aguardamos por Setembro, devido à substituição de um vereador da Câmara, que obrigou á recomposição do conselho de administração.
Em Setembro queríamos ver isto resolvido e foi-nos pedido para aguardar até Outubro por uma proposta, mas passou Novembro e nada se concretizou", descreveu.
Em causa estão incentivos financeiros e a expectativa de aumento do subsídio de alimentação, que os trabalhadores temem que estejam a ser protelados devido a uma possível privatização, segundo disse à Lusa o dirigente sindical.
Outra questão abordada no plenário foi a irregularidade com que estão a ser processados os vencimentos, quando feita a comparação com os colegas da Câmara Municipal, que recebem ao dia 20, enquanto na MoveAveiro os vencimentos não têm dia certo para serem processados, quando "têm os mesmos direitos e regalias".
No último mês os ordenados foram pagos no dia 25 e, ao contrário dos funcionários da Câmara, ainda não lhes foi processado o subsídio de Natal.
Contactada pela Lusa, fonte municipal remeteu para amanhã a divulgação de dados pelo conselho de administração sobre a adesão à greve de hoje e de outros esclarecimentos. Diário de Aveiro |
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