|
NOTÍCIAS | | | 01-04-2003
| A rata e a neve
| Poesia |
| A rata e a neve
Era uma vez uma rata
Que vivia no meio do mato.
Chamava-se Marta
E o seu pai Tato,
Um dia, por causa do frio,
Tato adoeceu,
Tanto sofreu, tanto gemeu
Que ao fim de uns dias morreu.
Marta ficou sozinha
Naquele mato maldito
E, enquanto arrumava a cozinha,
Pensava no seu paizito.
Passava os dias a chorar
De tão triste que estava
E quanto mais o tempo passava,
Mais ela chorava.
Foi então que um dia o vento
Lhe trouxe uma mensagem:
Que fosse lá para fora
E olhasse para a paisagem.
E quando foi à rua,
Marta mal se conteve.
A floresta não estava nua,
Mas sim coberta de neve.
Olhava à sua volta e só via branco,
Branco, branco e branco.
Quanto mais o apreciava,
Maior era o espanto.
Fez amizade com a neve
E com ela brincou, sem demora.
Só não sabia que em breve
A neve se ia embora.
Foi numa manhã de Primavera,
Ao olhar lá para fora,
Que Marta Maria Vera
Viu a neve ir-se embora.
Chorou, chorou e chorou,
Chorou todo o tempo
E durante esse tempo esperou
Por outra mensagem do vento.
E numa noite de luar
Abriu a porta e gritou:
- Aí está neve, a cantar.
Porque só agora voltou?
Então, a neve contou-lhe
Com toda a alegria
Onde tinha estado
Até aquele dia.
Marta Maria Vera
Ficou feliz ao poder escutar
Que durante a Primavera
A neve ia pessear.
Tiveram uma longa conversa
E o tempo passou a correr
Mas a neve sempre perversa
Partiu sem nada dizer.
Desta vez, Marta, a ratita,
Não ficou em estado de revolta
Pois sabia que a neve
Tinha ido dar uma volta.
Foi assim durante anos
Que aconteceu no mato
E de tão feliz que estava
Marta esqueceu Tato.
Rita Simões (10 anos)
Anadia
(21 Ago / 14:01)
|
| |
|
|
|
|
|
|
|
|