O Conservatório de Artes e Comunicação inaugurou, na sexta-feira, dia 27 de Novembro, a sua sede e Escola de Artes. A obra custou 850 mil euros e demorou cerca de 12 anos a ser construída.

Uma obra que, no entender do seu presidente, Miguel Ramiro, "teve um percurso de grandes dificuldades".

"Reconheço que este equipamento, que é mais do que uma simples sede de uma instituição, mexeu e ainda mexe com muitas pessoas em Oliveira do Bairro que se julgam os únicos iluminados, mas que na prática nunca fizeram nada ou então vivem à sombra de outros. A humildade de reconhecer as boas ideias e obras não está infelizmente ao alcance de todos", acrescentou Miguel Ramiro, durante a inauguração.

Lembrou que "o Conservatório Artes e Comunicação Filarmónica União Oliveira do Bairro assume-se como um pólo educativo de âmbito regional, com um trabalho educativo, não só na vertente global do aluno comum, mas também apostando nos jovens com necessidades educativas especiais, alunos com dificuldades graves de aprendizagem, a nível cognitivo, sensorial e afectivo".

Miguel Ramiro pretende que "esta instituição seja vista como um pólo de desenvolvimento cultural, educacional do nosso concelho e da região".

Conhecimento. O Comendador Almeida Roque, que apadrinhou a obra, através dos vários donativos, sublinhou a importância da educação nas crianças, sublinhando que "estas devem começar a ser educadas, logo que nasçam. Essa é a grande responsabilidade dos pais". "Educar é um binómio entre o amor e a severidade. O pai deve calçar duas luvas, uma de seda e uma de carda."

Almeida Roque afirmou ainda que "o segredo dos líderes está nas sociedades, já que são os detentores do conhecimento e das ideias".

Projecto arrojado. Mário João Oliveira, presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Bairro, destacou a dedicação e a coragem de Miguel Ramiro, presidente do Conservatório de Artes, que preside aos destinos da direcção, há cerca de 18 anos. "Só assim conseguiu um projecto arrojado nas ideias e na dimensão", sublinhou.

Lançou ainda o desafio para a direcção do Conservatório de Artes e Comunicação trabalhar em estreita ligação e complementaridade com a autarquia, e não em concorrência.