saídas das eleições autárquicas do passado dia 11 de Outubro, tomaram posse na última segunda-feira, no salão nobre dos Paços do Concelho. Na oportunidade, o reeleito Carlos Cabral revelou que se inicia um novo ciclo de muita responsabilidade, realçando o facto de se manter a mesma equipa, mais ampliada, mas com os mesmos objectivos e orientação: trabalhar pelo progresso do concelho, sublinhando ainda que todos os presidentes de Junta integram esta equipa.
Ciente das dificuldades causadas pela crise sócio-económica que o país atravessa, sublinhou que a Câmara não está alheada desse facto e que é sua obrigação fazer obras materiais, mas também pensar que existe um conjunto de situações (dificuldades da população, desemprego e dificuldades sociais) em relação às quais a Câmara terá de estar atenta.
Por isso, confirmou que a Câmara não embarca em aventuras e que as suas prioridades passam pela Educação e Acção Social.
Durante a sua intervenção não deixou de criticar o facto de César Carvalheira (candidato do PDS à Câmara) e Ilídio Cardoso terem faltado à tomada de posse.
"É muito mau que dois vereadores eleitos, que deveriam estar aqui, faltem, num claro desrespeito pela vontade da população. É por situações como esta que o povo diz mal da classe política."
António Neves, deputado do PCP, clarificou que os deputados comunistas estarão disponíveis para analisar, discutir e aprovar propostas que vão ao encontro das necessidades das populações. Contudo, deixou um alerta: os deputados estarão indisponíveis para aprovar propostas que beneficiem grupos de interesse ou esta ou aquela pessoa, já que querem "contribuir para um concelho mais justo, próspero e solidário".
Por seu turno, Miguel Ferreira, do PSD, destacou o papel das oposições que, "espero, na sua conduta estejam para além do mero significado da palavra oposição, mas que se assumam como parte colaborante e positiva no fim único que pauta a conduta dos eleitos - a melhoria das condições de vida das gentes do concelho".
Aos presentes garantiu que da oposição deve esperar-se "construção e não destruição; motivação e não consternação; unidade e não belicismo".
Miguel Ferreira clarificou ainda que o PSD não se demitirá da sua função fiscalizadora, desejando ser um factor de estabilidade e empreender uma acção dinâmica e participativa naquelas que vierem a ser as principais medidas a implementar no município.
O deputado "laranja" elencou algumas prioridades, tais como a optimização das zonas industriais, criação de emprego, estimular a instalação de PME’", assim como defendeu que "o município deve assumir sem reservas as suas responsabilidades nas áreas do ambiente, turismo, saúde, acção social e educação".
Carlos Guilherme Duarte, do PS, destacou o facto da bancada "rosa" estar empenhada em trabalhar e cumprir as funções e competências previstas, por forma a que a Mealhada continue na senda do progresso e desenvolvimento que tem vindo a ter.
O deputado socialista realçou a necessidade de entendimento entre as forças partidárias (PS, PSD e PCP) com assento na Assembleia, "no sentido de querermos o melhor para o nosso concelho". Por isso, destacou que "procuraremos, sempre que possível, reunir consensos, mas não abdicaremos de tudo fazer para que o executivo possa pôr em prática o programa que traçámos".
Nesta primeira reunião, a Assembleia Municipal elegeu o representante das Juntas de Freguesia que vai representar o concelho da Mealhada no próximo Congresso Nacional dos Municípios Portugueses (ANMP), tendo a escolha recaído sobre António Simões (Ventosa do Bairro), que terá como suplente o presidente da Junta da Pampilhosa, Victor Matos.
