voltou à normalidade, uma semana depois da demissão da direcção clínica, que arrastou consigo cerca de 80% dos médicos. Vinte e quatro horas depois do anúncio, na terça-feira à noite o serviço de Urgências já estava reaberto e, até ao fim da semana, os clínicos haviam sido substituídos. A direcção clínica foi assumida interinamente pelo presidente da mesa da Assembleia-Geral da Misericórdia da Mealhada, Manuel Jacinto. Em comunicado, a Mesa Administrativa da Santa Casa da Misericórdia da Mealhada rejeita as acusações do ex-director clínico, Luís Teixeira, garantindo que "a unidade hospitalar reúne todas as condições ao nível do equipamento médico e sistemas de redes de abastecimento", não se registando, nos dois anos de actividade cirúrgica, quaisquer queixas ou reclamações pelos utentes, nem clínicos, relativamente a questões do âmbito da segurança das instalações e equipamentos". A Mesa confirma que os "sistemas eléctricos, resíduos, ventilação, gás medicinal são regularmente acompanhados", que "os filtros foram mudados e limpos" e que "a instituição possui água potável 24horas por dia, sete dias por semana, através de fontes regulares (rede pública)".
Em comunicado anterior, o provedor da Santa Casa da Misericórdia da Mealhada, João Peres, já havia lamentado "que o diálogo não tivesse sido a melhor solução para a decisão tomada por Luís Teixeira, director clínico e Ortopedista do nosso hospital".
João Peres mostra-se convicto de que, se os clínicos adstritos ao serviço de urgência tivessem proporcionado uma reunião para analisar a sua ausência, "todas as questões seriam ultrapassadas".
Fonte da Administração Regional de Saúde do Centro adiantou à Agência Lusa que a situação no Hospital da Mealhada "está a ser acompanhada", de forma a acautelar o funcionamento dos protocolos assinados com a unidade de saúde (SIGIC, Imagiologia, Fisioterapia, Cuidados continuados).