Solidez financeira nos Bombeiros de Vagos fez com que 2008 tivesse sido um ano "excepcional". As contas daquela associação foram aprovadas, há dias, com escassa presença de sócios, sendo de assinalar que em termos receitas, foram contabilizados mais de 900 mil euros.
Trata-se do maior valor da última década, graças ao bom desempenho dos serviços, que só em transporte de doentes facturaram mais de metade das receitas (480 mil euros). Significativo foi, ainda, o aumento da cobrança de quotas e a comparticipação do extinto Serviço Nacional de Bombeiros, agora Autoridade Nacional de Protecção Civil., que passou de 215 mil em 2007 para 240 mil euros no ano transacto.
A destoar terá ficado a autarquia vaguense, que manteve inalterado o subsídio anual decorrente do protocolo, assinado há precisamente seis anos. A preços de 2003, a associação recebeu apenas 90 mil euros, quando em 2007 haviam sido 156 mil.
Presente na assembleia, o antigo presidente dos Bombeiros de Vagos, António Castro, lamentou a verba da autarquia, considerando que tal "nunca aconteceu". A explicação foi dada pelo actual presidente da direcção, ao admitir "falta de liquidez" por parte da Câmara. "Além da comparticipação mensal não ser actualizada, ficou também por pagar uma verba de 25 mil euros, destinada ao dispositivo de combate a fogos florestais", disse Paulo Macedo.
Confirmando que o Executivo camarário "conhece bem a realidade dos Bombeiros", aquele dirigente anunciou que a Câmara irá suportar, no corrente ano, metade dos custos com a Equipa de Intervenção Permanente (EIP), que em Vagos faz parte do dispositivo integrado das operações de protecção e socorro.Eduardo Jaques/Colaborador