quer ao nível das receitas, quer ao nível das despesas, dos últimos anos, na Prestação de Contas 2008 da Câmara da Mealhada não convenceu o vereador Carlos Marques, que na última reunião de Câmara votou contra os mesmos, considerando que "a Câmara Municipal da Mealhada tem que encetar uma política mais ambiciosa de angariação de fundos no sentido de promover obra e bom investimento para o concelho". Os documentos de Prestação de Contas do ano 2008 revelam as taxas de execução orçamental mais altas dos últimos anos: 91,35% ao nível das receitas, sendo que 99,45% dizem respeito às receitas correntes e 60,55% às receitas de capital, e 93,71% ao nível das despesas, correspondendo 92,10% às despesas correntes e 94,96% às despesas de capital. "São taxas elevadíssimas, que dificilmente são ultrapassáveis por qualquer outro concelho do país", afirmou Carlos Cabral.
O vereador Carlos Marques lamentou, no entanto, que os impostos directos e indirectos tenham sido cobrados na sua quase totalidade, não seguindo as suas recomendações "no sentido de uma maior sensibilidade social". O social-democrata não tem dúvidas de que "são muitas as obras adiadas", dando como exemplo o novo edifício dos Paços do Município, a extensão de saúde da Vacariça, as Zonas Industriais de Barrô e Barcouço, o Centro Educativo da Mealhada ou o Campo de Golfe da Pampilhosa.
Por outro lado, "pormenor relevante desta gestão de 2008 é o aforrar de verbas em instituições bancárias (de largas centenas de milhar de euros) e a não utilização da capacidade de endividamento da autarquia", sinónimo de "falta de obra".
Opinião inversa tem Carlos Cabral, que garante que "a autarquia apostou em todas as áreas de intervenção, reforçando a qualidade das respostas a toda a população".