é para o sector do Turismo um ano de desaceleração. Quem o confirmou foi Pedro Machado, presidente da Entidade Regional de Turismo Centro de Portugal que, na última sexta-feira, esteve reunido, no Palace Hotel da Curia, com os presidentes das Entidades Regionais de Turismo (ERT’S) de Portugal. Um encontro que serviu para organizar os estatutos da futura Associação Nacional das Entidades Regionais de Turismo (ANERT), que "visa atribuir representatividade e voz activa às diferentes regiões, uma vez que a assunção de parcerias, nesta matéria, irá possibilitar defender, valorizar e pugnar pela afirmação dos diferentes territórios e marcas regionais; assim como participar na discussão e elaboração de dossiês fundamentais, como é o caso da proposta lei de bases do turismo, em consulta", sublinharia Pedro Machado.
Na oportunidade, Pedro Machado, avançaria que até 15 de Abril, data do próximo encontro, no Algarve, deverá estar tudo pronto para que seja feita a análise, avaliação e aprovação da proposta final da ANERT.
Uma associação que não é mais do que "um cruzamento de vontades", ou seja, uma organização mais representativa que quer "ser ouvida, respeitada e tida em conta", sempre numa perspectiva positiva, destacou.
A seu ver, as regiões de turismo têm de estar unidas para conseguir superar dificuldades em tempo de crise. "Queremos defender e pugnar pelas nossas regiões e pela marca Portugal", diria ainda.
Neste sentido, Pedro Machado não escondeu também a forte preocupação em relação a 2009 - ano de desaceleração no sector, mas que atinge as cinco entidades regionais de forma diferente, já que estas vivem realidades diferentes.
"Este é um sector transversal e com realidades distintas, produtos turísticos diferentes e especificidades únicas", explicou, avançando ainda que a menor procura pelo destino Portugal se prende com o facto de Espanha representar 65% da nossa procura estrangeira e que, estando este mercado espanhol em crise, a desaceleração é mais visível.
Daí a forte campanha turística que está a ser feita naquele país, no sentido de contrariar esta tendência. "Este é um ano que vemos com alguma preocupação, mas que vemos também com alguma tranquilidade e que poderá servir para consolidar os resultados obtidos em 2008, em que, por exemplo, o Centro registou um crescimento de 5,2%. Se conseguirmos isto em 2009 será excelente", concluiu.