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08-04-2009

É importante assumirimos as nossas preocupações


Anadia - Debatidos factores de risco em crianças e jovens

Sensibilizar a comunidade local para a necessidade de implicação e partilha de responsabilidades na resolução dos problemas sociais. Este foi um dos objectivos que levou a que dirigentes, técnicos, famílias e destinatários do trabalho social que afectam crianças e jovens da região (concelhos de Anadia, Aveiro, Ílhavo, Oliv. Bairro, Sever do Vouga e Vagos) se juntassem num mini-fórum, no Museu do Vinho Bairrada, no dia 2 de Abril.

"É importante assumirimos as nossas preocupações e responsabilidades na resolução deste problema", referiu, na sessão de abertura, Teresa de Belém Cardoso, vice-presidente da Câmara Municipal de Anadia. "Para o poder local, é essencial reconhecer os principais factores de risco e ajudarmos as crianças e os jovens a crescerem com qualidade", frisou ainda.

O director do Centro Distrital de Aveiro da Segurança Social, Celestino de Almeida, usando a metáfora de alguém que não consegue chegar a tempo ao comboio (do desenvolvimento social), referiu que "é com estes seminários que sabemos por que alguns não chegaram ao comboio".

Falando depois sobre os Centros de Acolhimento Temporário, salientou a importância de "acolher uma criança e depois desinstitucionalizá-la, ou seja, é importante que sejamos capazes de construir à volta destas crianças a capacidade de ocupar o seu lugar na sociedade".

Foi então a vez do coordenador do Núcleo Distrital de Aveiro da Rede Europeia Anti-Pobreza, Acácio Conde, enquadrar este programa de compromisso para itinerância no distrito de Aveiro, com a realização de nove mini-fóruns em dois anos. "É fundamental termos estes momentos de reflexão, para pormos em comum boas e más práticas e introduzirmos pontos de correcção no nosso trabalho."

Conclusões. Reunidos em grupos de trabalho, dirigentes, técnicos, destinatários da intervenção social e famílias chegaram a algumas conclusões. Por exemplo, da parte das famílias, concluiu-se, entre outras coisas, que no futuro deve haver uma relação de comunidade mais forte e uma maior proximidade entre jovens, adultos e idosos que se juntam para debater problemas em geral. Da parte dos técnicos saíram propostas para uma melhoria da actuação, como por exemplo encarar a Escola como observatório social privilegiado para a detecção e solução de problemas sociais. Estas e outras conclusões serão reunidas num documento que seguirá para entidades que têm competência a nível regional e, posteriormente, nacional.

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