As obras avançam a bom ritmo e evidenciam a determinação em colocar o projecto em curso já no mês de Janeiro. Falamos da desactivada Escola do 1.ºCEB de S.Lourenço do Bairro, que vai servir de sede à recém-nascida Associação Cultural e Caritativa de S.Lourenço do Bairro. Uma iniciativa de um punhado de residentes locais (Lurdes Ramalheira e marido António Gilberto Costa, Manuel Ribeiro Almeida e Leonildo Macedo entre outros), que querem trazer vida a este espaço, encerrado há alguns anos. A JB, Lurdes Ramalheira, uma das moradoras mais dinâmicas do lugar e mentora da Marcha Popular de S.Lourenço do Bairro, revelou a intenção de preservar o imóvel que faz parte da história local e que se encontrava em avançado estado de degradação, mas também de ali colocar em funcionamento as secções cultural e caritativa da Associação. Obras de vulto. Para a obra, contaram com o apoio da Câmara de Anadia, que disponibilizou 10 mil euros, insuficientes para a sua conclusão. Tendo em conta que as obras implicaram mexer no telhado, fazer pinturas interiores e exteriores, renovar todas as redes eléctrica e de água, construir sanitários, substituir toda a caixilharia, colocar novos pisos, têm contado com alguns donativos, de amigos generosos e de mão-de-obra voluntária. Lurdes Ramalheira revela que está também a ser equacionada a realização de festas e iniciativas várias por forma a angariar mais dinheiro", já que a recuperação da escola é bastante cara. Para já fica a certeza do arranque de uma campanha de angariação de sócios com a mesma finalidade. Actividades. A Marcha Popular da freguesia passará a ter neste local um espaço onde pode guardar todo o espólio que foi reunindo ao longo dos anos, criando uma espécie de museu onde guardará, para a posteridade, "recordações" de todas as marchas já idealizadas. Já os jovens do lugar, considerados peça fundamental na vida da associação, deverão ter aqui um espaço para si, já que ainda com as obras a começar (iniciaram-se em Outubro) levaram a cabo neste espaço, com muito sucesso, o tradicional Magusto. Contudo, Lurdes Ramalheira avança que este será um espaço que vai estar "à disposição de toda a população". No entanto, uma das secções que poderá vir a fazer história é a Caritativa. Uma secção que irá funcionar como elo de ligação entre as pessoas que querem dar e ser solidárias e aquelas mais carenciadas que precisam de ajudas várias. "As pessoas vão saber que está aqui um local onde podem entregar roupas, mobílias, bens em bom estado que poderão ser necessário a outras pessoas que podem aqui vir buscar o que necessitam". Neste momento, deixa um apelo à população para que esta colabore e se empenhe na concretização deste projecto. Catarina Cerca catarina@jb.pt |