As escolas participantes nas Escolíadas aceitaram reduzir para metade o subsídio de 600 euros que era atribuído a cada uma no concurso, garantindo assim a continuidade do projecto. Em reunião decisiva na última quarta-feira, Associação Escolíadas, Direcção Regional de Educação do Centro (DREC), Instituto Português da Juventude (IPJ), alunos e professores de 15 escolas acertaram agulhas, tendo sempre na mira uma opinião unânime: que as Escolíadas não podiam acabar.
Assim, face ao orçamento previsto para 2009, num total de 29800 euros, o subsídio de 16350 euros para as escolas passará a ser de 8175 euros. A DREC já havia assumido as cerca de 1000 refeições (perto de 11 mil euros), que serão servidas na Escola Secundária da Mealhada, 405 euros da prova de Pintura e 3000 euros para cenários e equipamento. Da parte do IPJ, José Rui Cruz garantiu "reunir a mesma verba de 2008 e estudar uma forma de, em apoios indirectos, conseguir mais 30/40%", o que se traduz em cerca de 9 mil euros.
Tendo em conta o apoio da Câmara Municipal da Mealhada (2724 euros para os troféus) e da Quinta dos 3 Pinheiros (10 mil euros), o único mecenas deste projecto, o que falta - cerca de 2500 euros - poderá ser conseguido através de patrocínios ou de ajudas de outras autarquias, como foi sugerido por alguns professores.
O presidente da associação recreativo-cultural Escolíadas, Cláudio Pires, mostrou-se naturalmente satisfeito com o resultado da reunião, que permitirá que as Escolíadas comemorem o 20.º aniversário na edição de 2009. Lamentou, no entanto, a ausência de um representante da Delegação Regional da Cultura, "principalmente quando se tratava da continuidade de um evento cultural reconhecido como sendo de Manifeste Interesse Cultural pelo Ministério da Cultura desde 1997".
Durante a reunião, foram surgindo diferentes sugestões por parte de representantes de escolas. Uma das ideias está relacionada com a descentralização da Gala das Escolíadas, que poderá permitir um donativo junto da autarquia que receber o espectáculo.