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19-11-2008

Concelhia retira confiança política a Breda Marques e Carlos Marques


Vereadores do PSD desiludidos com a Concelhia

Os vereadores do PSD, Gonçalo Breda Marques e Carlos Marques, não escondem a desilusão para com a Concelhia que, na última segunda-feira, lhes retirou a confiança política. No entanto, admitem ambos que continuarão a exercer, como até aqui, as funções para que foram eleitos pelo povo da Mealhada.

Na base desta decisão está o "relatório Calhoa", apresentado na reunião de Câmara de 23 de Outubro por Carlos Marques, a pedido da concelhia mas do qual, todavia, não concordou e se demarcou. O dito relatório procurava chamar a atenção para um alegado conflito de interesses entre o vereador socialista a meio tempo, José Calhoa, e a empresa do sogro (de fornecimento de materiais), para a qual trabalha e cujos fornecimentos, nos últimos 3 anos (correspondentes ao seu exercício de mandato), terão sofrido um aumento de cerca de 480%, passando de 8.159,08 euros para 39.335,62 euros. Na mesma ocasião e de acordo com a acta da reunião, Breda Marques afirmou que nunca se havia pronunciado sobre a matéria, esperando nunca vir a ter que o fazer.

O porta-voz da comissão política concelhia do PSD/Mealhada, António Miguel Ferreira, confirmou, em conferência de imprensa, que a retirada da confiança política foi tomada por unanimidade e que teve como base diversos processos feitos em coordenação com os vereadores e com a sua anuência. "Os vereadores demarcaram-se de um trabalho no qual tinham participado e para o qual tinham contribuído. Entendemos que isso é uma falha gravíssima, que demonstra falta de respeito, lealdade e solidariedade para com a comissão política", considerou, sustentando que "as posições que [Breda Marques e Carlos Marques] tomarem a partir daqui, nas reuniões de Câmara ou publicamente, não vinculam a comissão política do PSD Mealhada".

Injustiça e ingratidão. "Um erro, uma injustiça e um acto de extrema ingratidão para quem durante tantos anos trabalhou em prol do partido e do concelho da Mealhada" é a forma que Gonçalo Breda Marques encontra para classificar esta decisão. Na sua opinião, a um ano de eleições, "a comissão política, em vez de procurar unir o partido, preparar um bom projecto para o concelho e escolher bons candidatos, anda apenas preocupada em perseguir pessoas numa atitude perfeitamente vingativa e déspota". Diz ainda desconhecer o relatório em questão, mas calcula "que seja igual a tantos outros que no passado apenas tiveram um resultado, dividir e fragilizar o PSD".

Para Carlos Marques, em causa fica somente a relação com a comissão, já que, admite, vai continuar a assumir a conduta que sempre assumiu, em nome dos ideais da social-democracia. Relativamente ao "relatório Calhoa", diz ter sido coerente desde o início, "pois vi que não havia nada de sólido nesta suspeição" e diz até que, "dentro da comissão política do PSD e da mesa do plenário, há companheiros que manifestaram solidariedade para com o vereador Calhoa".

Carlos Marques admite estar "bastante desiludido" com o seu partido e afirma que o chavão de unidade da candidatura que venceu as recentes eleições "não pode ser propalada, para depois, na prática, ser retirada a confiança política a vereadores, abandonar-se projectos como os Núcleos Residenciais de Freguesia e optar por esta política pela negativa, ao invés de apresentar ideias e ser uma voz crítica para o concelho".

Candidato às autárquicas. Na conferência de imprensa, o líder da concelhia, César Carvalheira, aproveitou para esclarecer que ainda não está tomada a decisão sobre a escolha do candidato do PSD às autárquicas e deixou claro nunca ter dito seria candidato. "Se sou presidente da comissão política, posso, por respeito ao partido, ter de exercer essa função, mas nunca disse que seria candidato", elucidou. Carvalheira adiantou que "vai ser designado um plenário em Dezembro e acreditamos que aí vá surgir um candidato." Esta escolha, disse ainda, deverá ser "o mais plural possível". "Queremos discutir um nome no plenário e, se assim entenderem, esse nome pode ser alterado", justificou.

Oriana Pataco

oriana@jb.pt


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