Com uma equipa (quase) completamente renovada para a época que se inicia no próximo fim-de-semana, mas com as mesmas ambições de épocas anteriores (a manutenção continua firme como ponto de honra), o Pampilhosa actual ainda apenas "gatinha" nos propósitos implantados por Tó Margarido.

Com apenas 1 vitória obtida nos 7 jogos de preparação já efectuados, salta à vista a carência de soluções ofensivas do conjunto, um calcanhar de Aquiles a solucionar talvez num tempo próximo, mas que, com o início oficial da época a escassos dias de distância, não deixa de preocupar.

A abundância de juventude no plantel também explica parte da inexperiência assumida, facto que neste jogo de apresentação chegou a deixar o treinador ferroviário de nervos em franja. Perante um Espinho seguro e sereno, e um sério candidato aos lugares cimeiros na série B da 2ª divisão, os locais revelaram já uma interessante intensidade de jogo, mas faltou contudo muita intencionalidade e presença física, e ainda a manutenção da concentração a tempo inteiro, pois não é possível reagir depois de três golos sofridos em apenas cinco minutos, como aconteceu no derradeiro teste antes do pontapé de saída da nova época, em Penalva do Castelo.

Sobra portanto muito trabalho de campo a Tó Margarido e seus pares, porque além de criar pontos de entendimento entre os jogadores, é necessária maior e mais profícua cadência ofensiva. O tempo pode ser bom conselheiro, mas numa época com os mesmos objectivos e com menos jogos e, consequentemente com menor margem de erro, é necessário amealhar pontos desde o imediato.