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13-08-2008

A vereadora da oposição defende outra localização


O. do Bairro - CDS/PP contra Casa da Cultura

O CDS/PP votou contra o ante-projecto da futura Casa da Cultura de Oliveira do Bairro que deverá ser construída no antigo quartel dos Bombeiros Voluntários. A vereadora da oposição, Leontina Novo, defende que a Casa da Cultura seja erguida no edifício da antiga Cerâmica Rocha.

Leontina Novo, a única vereadora do CDS/PP presente na última reunião de Câmara, argumentou que existem estudos realizados e alguns projectos já aprovados para iniciar a recuperação do antigo edifício da Cerâmica Rocha - futuro Museu de Olaria e Grés - onde poderiam funcionar o arquivo, a Casa Municipal da Juventude, espaços de lazer e outras valências.

A autarca que já foi vereadora da Cultura [no anterior executivo], referiu ainda que "existe um trabalho feito e um investimento de dinheiros públicos". No entanto, Mário João Oliveira, presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Bairro, justificou que "as prioridades do executivo estavam bem claras com os projectos existentes e com as obras que se iam iniciar, principalmente no que diz respeito à educação".

Afirmou ainda que "a construção do Museu de Olaria e Grés aponta para um investimento de cinco milhões de euros e que, portanto, não é prioridade do executivo", acrescentando que "o ante-projecto nada tem a ver com o edifício da Cerâmica Rocha, até porque a Casa da Cultura deve estar situada no centro da cidade".

Já o vice-presidente da autarquia, Joaquim Santos, recordou que "o anterior executivo pretendia demolir o que estava e construir um edifício de comércio e habitação que não se enquadra em nada com o local".

O ante-projecto da Casa da Cultura tem por base um auditório com capacidade para 500 lugares e, segundo Joaquim Santos, deverá seguir os traços arquitectónicos da Câmara e estar preparado para espectáculos de teatro, dança, cinema, concertos, pequenas produções de ópera, conferências e simpósios, o que obriga à realização de projectos de especialidade muito específicos, principalmente de luz, acústica e cena.

No rés-do-chão será instalada a Loja do Cidadão, espaço internet e, possivelmente, espaços comerciais entre a Casa Paroquial e a Rua dos Bombeiros. No primeiro andar, vai ser construído um espaço social com café concerto que permitirá a entrada para o auditório. Para o último andar, estão contemplados espaços de exposição. São valências, que segundo Laura Pires, vereadora da cultura, não poderiam ser feitas na Cerâmica Rocha.

Quem não gostou do voto contra do CDS/PP foi o vereador das obras, António Mota, que disse "não entender esta posição, até porque tiveram muitos anos para adquirir a Cerâmica Rocha, para avançar com o projecto e executar a obra".

Garantiu ainda que "o executivo tem plena consciência do projecto existente para a Cerâmica Rocha, até porque foi este que o pagou e antes de o fazer, realizou uma análise pormenorizada ao projecto e verificou as disponibilidades".


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