Depois de ter visto o edifício da antiga Cadeia e Casa de Câmara cair-lhe aos pés, foi a vez do histórico Café Passos vir abaixo em nome da nova Alameda da Cidade. António Passos não esconde a mágoa por ter de abandonar o espaço que explorou comercialmente durante 28 anos. Admite que preferia ter continuado aqui, mas em breve estará naquele que já foi O Abrigo e, mais recentemente a "Tasquinha do Maná", perto do Estádio Municipal.
Para trás fica a história e um passado rico de um espaço que, nas últimas décadas, foi muitas vezes de tertúlia política e que, recorda António Passos, "teria comércio há 80/90 anos" pois, antes de ser Café já fora "posto de CTT, casa de fotografia e até uma pensão".
António Passos espera levar com ele os clientes, como Augusto Barata, um dos mais assíduos e antigos, sobrinho de Manuel Barata, que explorara aquele Café há mais de 40 anos. Augusto Barata recorda bons momentos ali passados, "a conversar, a petiscar e, claro, a beber uns copos".
Vinha ao Café Passos todos os dias, a pé, mais do que uma vez por dia. Agora, será mais difícil deslocar-se. "Mas de vez em quando, não digo que não."