Há montes de desempregados a coçarem-se pelas esquinas, a viverem à custa do Estado, portanto, à nossa. Através da sua colocação no Fundo de Desemprego (FD) que é, no fundo, uma Agência de colocações de muitos que não mais querem do que viver chulamente à custa de quem trabalha. Não querem outra mama e o Estado deixa correr..
Entendemos agora perfeitamente porque o número de desempregados é sempre mais baixo para Sócrates do que para o INE, o CDS ou PSD. É que, efectivamente, há largos milhares de pessoas "empregadas" no FD que deveria ser tábua de salvação transitória e nunca um belo encosto. É que sem levantarem uma palha, tem-no garantido ao fim do mês.
Depois, ainda há quem tenha um gancho ou dois. Tudo somado, dá para viver direito, sem vergar a mola. Quando aparece uma oportunidade, que é uma bênção na crise, recusam-na.
Ou acham pouco dinheiro ou querem trabalhar de luvas e, neste tempo de canícula, encostarem-se ao ar condicionado. Há empresas que põem anúncios, há tabuletas a oferecerem trabalho, mas não há quem queira trabalhar. Isto acontece no município de Oliveira do Bairro, que há anos era, a nível nacional, o que tinha a mais baixa taxa de desemprego.
Hoje, o Fundo de Desemprego é para muitos um vício, não é apenas uma emergência social. Há que acabar com este parasitismo crónico e educar para o trabalho. Um dos modos era escalar (já!) os disponíveis das terríveis listas do Fundo de Desemprego para trabalho cívico, ao serviço das autarquias, na limpeza de valetas, matas ou outros trabalhos. Então, talvez muitos desses procurassem trabalho e aceitassem as justas ofertas, o que era uma alívio para as empresas e para o Estado.
Armor Pires Mota