Ainda a braços com o pagamento à banca, de um empréstimo de 400 mil euros, contraído para suportar os custos com a construção do Centro Social, em Vila Nova de Monsarros o tão desejado Lar começa, lentamente, a tomar forma. Para isso, a direcção da instituição, que abriu portas em Dezembro do último ano, acaba de adquirir, por 25 mil euros, um terreno contíguo ao Centro Social, que servirá para implantar a nova obra, com capacidade para 40 camas. "Assim que abrirem as candidaturas ao PARES, vamos concorrer, uma vez que esta obra é vital para a freguesia", avança António Andrade, membro da direcção do Centro, ciente da necessidade desta valência, que dará resposta a um tipo de utentes muito específico. "Como já temos refeitório, lavandaria, cozinha, enfim, toda uma série de espaços e infra-estruturas, só necessitamos, praticamente, de construir o espaço para os quartos". Balanço positivo. Meio ano depois da entrada em funcionamento, este responsável faz a JB um balanço extremamente positivo do Centro Social, que teve um "nascimento" bastante complicado. Senão vejamos: a obra social, orçada em 154 mil contos (770 mil euros), aquando do lançamento da 1ª pedra, em 2000, acabou por se arrastar durante sete anos numa construção que ultrapassou um milhão e setecentos mil euros. Situação que obrigou à contracção do já referido empréstimo, por forma a cumprir os compromissos assumidos. Daí António Andrade admitir não ser fácil manter o compromisso com a banca, já que, mensalmente, a instituição tem de desembolsar cerca de cinco mil euros para amortizar o empréstimo. Uma situação a que a direcção se viu obrigada, pelo facto do Estado não ter assumido a comparticipação de 80% da obra, canalizando para a mesma, das verbas do PIDDAC, pouco mais de 305 mil euros. "Isto mostra que o Estado não é pessoa de bem, senão estas situações nunca aconteceriam", admitiu. Mesmo assim, este responsável da direcção acredita que, no início do próximo ano lectivo, entram em funcionamento as valências voltadas para a infância (Creche para 30 bebés e Jardim-de-Infância). Valências que obrigatoriamente só abrem caso a população aqui inscreva as suas crianças. Angariação de fundos. A funcionar presentemente com 20 utentes na valência de Centro de Dia, 11 em Apoio Domiciliário e 22 em ATL (1º ciclo ensino básico), António Andrade, dá também a conhecer um conjunto de iniciativas que visa angariar mais fundos a favor da obra. A próxima iniciativa tem lugar a 5 Julho, com uma festa de tipo arraial, no pátio da instituição, com apresentação da marcha de Vila Nova de Monsarros e actuação de um conjunto musical. Catarina Cerca catarina@jb.pt |