são alguns dos arquitectos contemporâneos mais prestigiados do país e autores de obras emblemáticas no concelho de Águeda. Para tirar partido da vertente arquitectónica, a autarquia equaciona integrar num roteiro turístico edifícios como o Centro Cívico de Barrô ou o salão de exposições da Revigrés. Para Jorge Pinto, residente no Casaínho, isto é um "assunto completamente desconhecido", já que não se interessa nada "por esse assunto".
Como este jovem, a maioria dos aguedenses não dá grande importância às obras arquitectónicas do concelho, mas, segundo Paula Cardoso, vereadora do PSD, esta é uma realidade que se deve inverter. "A verdade é que algumas obras têm vindo a merecer cada vez mais visitas de gente que vem de fora, puramente turistas", referiu na última reunião de Câmara.
A trabalhar diariamente num edifício desenhado por Siza Vieira, a vereadora tem-se vindo a aperceber dessa "procura e interesse crescentes" pela obra, e por isso, "não seria má ideia haver algum tipo de sinalética a indicar essas estruturas de arquitectura moderna" existentes no concelho.
Quem também está habituado a ver "estudantes e alguns estrangeiros" a admirar a obra onde trabalha é Henrique Cunha, proprietário do café "100 stress", localizado no edifício do Centro Cívico e Social de Barrô, uma obra do arquitecto Tomás Taveira. Garante que, na freguesia, "se não todos, pelo menos a grande maioria dos barroenses" sabe que se trata de um edifício da autoria do conhecido arquitecto. Acredita que a maioria dos residentes "gosta e admira o edifício" e admite que "seria boa ideia existir algum tipo de sinalização no concelho a indicar esta obra e outras do género". Reconhece que "o Centro Cívico é um edifício emblemático e sempre ajuda a atrair gente até à terra, o que é sempre muito bom".
O presidente da Junta de Freguesia de Barrô também vê com bons olhos a maior divulgação do espaço. "Ajudaria a atrair mais pessoas, de outras áreas, e não só estudantes e associações de arquitectos, que são, actualmente, quem mais se desloca a Barrô para ver a obra. "As únicas referências que existem é no site da própria Junta", referiu Wilson Gaio.