O presidente da câmara da Mealhada , Carlos Cabral, quer fazer uma auditoria externa às contas do carnaval 2008 apresentadas pela Associação de Carnaval da Bairrada (ACB). O autarca, que deixou a sugestão na última reunião de executivo, que carece ainda de proposta formal, considera preocupante que mais de 50% da receita obtida seja oriunda do subsídio da autarquia, de 100 mil euros. "A Câmara é responsável por mais de 50% das receitas do Carnaval, o que é uma coisa que me custa que aconteça numa festa. Penso que isto está errado, está mal, porque o dinheiro da Câmara não é da Câmara, é de todos os contribuintes", afirmou o autarca. "Eu acho que, face a isto, devia mandar fazer uma auditoria às contas", sublinhou, explicando não estar em causa a direcção da ACB. Filomena Pinheiro foi mais dura com a ACB, criticando a posição adoptada pela associação, de ameaçar não realizar os festejos. "Até à véspera, toda a gente ficou a saber que não iria haver um Carnaval de qualidade. Isso não podemos admitir a uma associação subsidiada pela Câmara", afirmou a vice-presidente da autarquia. A ACB reagiu com indignação à sugestão do autarca. Em comunicado, a direcção da associação diz que sempre defendeu que um elemento da autarquia acompanhasse de perto as contas do Carnaval e acusa o autarca de "má vontade". "Não sabe o Sr. presidente que, este ano, só houve um dia de corso, e que, em termos matemáticos, o peso das verbas atribuídas passa a ser maior, dado que a ACB não teve receitas no Domingo de Carnaval?", questiona. Carnaval fora dos Viveiros. A proposta de transferência do corso carnavalesco do sambódromo dr. Luís Marques para os Viveiros Florestais foi chumbada por todo o executivo. Ao contrário do que pensa a ACB, que defendeu que aquele seria o local ideal para os festejos, o executivo diz que aquele será o novo parque da cidade e nem sequer se poderia ali construir as infra-estruturas pretendidas pela Associação. " Tânia Moita tania@jb.pt |