decidiu em reunião de Câmara, na última quinta-feira, suspender os pagamentos ao Sistema Municipal de Saneamento da Ria de Aveiro (SIMRIA), como forma de protesto pelo aumento de 9,5% da tarifa da recolha de águas residuais. Segundo Mário João Oliveira, presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Bairro, "não é correcto que por causa das Águas de Portugal (o maior accionista da SIMRIA, com 67,72% do capital) e devido a um despacho do governo tenhamos que pagar mais 9,5%".
O autarca referiu ainda que "é importante travar um pouco a questão da facturação e os caudais recolhidos, uma vez que o preço a pagar depende dos metros cúbicos de águas residuais recolhidos".
Mário João frisou ainda que "este aumento provoca um agravamento nas tarifas a serem pagas pelos munícipes".
Entretanto, a chefe de divisão do Departamento de Águas e Saneamentos, Manuel Pato, queixou-se da falta de transparência na leitura dos caudais recolhidos, dando a conhecer que "existe uma certa dificuldade no controle das leituras".
"Em algumas circunstâncias, analisamos o que é facturado e não nos parece estar muito certo", acrescentou Manuela Pato, sublinhando ainda que "já foi equacionada a montagem de um sistema de telegestão, mas não sabemos se a gestão das águas, em baixa, vai continuar nas autarquias".
A SIMRIA ainda não teve conhecimento oficial da decisão, pelo que não comenta esta tomada de posição.