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NOTÍCIAS | | | 17-04-2008
| Projecto só avança se for de interesse nacional
| Vagos - Apresentado Costa do Sal Golf Resort |
| Estava previsto numa primeira fase, Ílhavo foi preterido para a localização do empreendimento turístico "Costa do Sal Golf Resort", que envolve apenas o município de Vagos. A explicação foi dada por Rui Cruz, presidente da autarquia vaguense, ao admitir existirem "fortes condicionantes" do Plano Director Municipal (PDM) do município vizinho, que podiam "colocar o projecto em risco". O referido empreendimento turístico, cujo projecto foi apresentado anteontem na presença de Carlos Martins, presidente do Grupo Martifer (onde se inclui a PromoDois e Estia Development), contempla a construção e implementação, no concelho de Vagos, de infra-estruturas turísticas de elevada qualidade, numa área total de 400 hectares. Uma das particularidades do projecto tem a ver com a abertura de um novo canal navegável nas águas da ria de Aveiro, e a criação de 32 hectares de laguna. Acredita-se que a primeira fase do referido investimento esteja concluída em 2012. Trata-se de um investimento global na ordem dos 800 milhões de euros, que prevê a criação de 850 postos de trabalho directos e indirectos, onde a Câmara de Vagos mantém parceria público-privada, através da participação numa sociedade anónima que vai ser criada para o efeito. Investidor do primeiro ao último minuto. A posição da autarquia será minoritária (49,9%), por força da Lei das Finanças Locais, pertencendo à Estia Development os restantes 50,1%. Contudo, a participação camarária não deverá resumir-se à aprovação de planos de pormenor e venda de terrenos. "A Câmara está como investidor, desde o primeiro ao último minuto", concretizou Rui Cruz. Trabalhado pelo arquitecto Mário Suakay, o projecto "Costa do Sal Golf Resort" propõe uma oferta de turismo de qualidade, de cariz inovador, num espaço "único e privilegiado". Aliás, de acordo com os seus promotores, todo o complexo "aposta na eficiência e racionalização energética, maximizando a utilização de recursos energéticos renováveis, a utilização de técnicas de construção modernas e a utilização de materiais ecológicos e sustentáveis". A qualidade do projecto e o seu potencial de desenvolvimento qualificado na região, aliados à dimensão do investimento, estão na base da classificação do Projecto de Interesse Nacional (PIN), na área do turismo, cuja candidatura foi apresentada no passado dia 25 de Março. "O projecto só terá pernas para andar se for classificado como tal", anunciou Rui Cruz, que aguarda a decisão da tutela, para dar início à elaboração do plano de pormenor. Para Carlos Martins, que lidera o Grupo Martifer, este é o "maior empreendimento do género na região centro", que vai afirmar a centralidade e competitividade do Baixo Vouga. Pretende ser um projecto âncora, e destina-se a "voltar a dar vida à ria e atrair outros projectos turísticos do género", acrescentou. Eduardo Jaques |
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