na Moita, ficou marcada pela ausência de representantes da Diocese de Aveiro e da Câmara Municipal de Anadia. O "Padre Rei não merecia", lamentaram alguns paroquianos e a própria Junta de Freguesia da Moita, autora da iniciativa. A placa, colocada no largo principal da sede de freguesia, eterniza o pároco que já estaria eternizado nas obras que fez. Nas casas para os pobres que construiu, na igreja que recuperou, no Centro Social que ainda hoje é Lar de dezenas de idosos e apoio de crianças, na creche e ATL, "no bem estar espiritual, social e até material" dos paroquianos pelos quais zelou, durante 44 anos, recordou colega de seminário e amigo António Faria.
Paroquiano e habituado a ver o Padre Rei em casa dos pais, Carlos Matos recordou o empenho, o "arregaçar de mangas", os primeiros pedidos feitos pelo pároco para construir as casas dos pobres. "Era o exemplo do que hoje dizem que devem ser os padres", afirmou, concordando com a sugestão, de António Faria, de erigir um busto ao pároco. "Talvez um busto junto à sua obra", arriscou.
Se a Junta de Freguesia lamentou publicamente a falta de comparência de membros da Diocese de Aveiro e da Câmara de Coimbra, Carlos Ribeiro, membro da Assembleia de Freguesia, autor da proposta de homenagem, criticou os moldes em que a mesma foi concretizada, sem "a dimensão humana do homenageado", referiu.