O Natal é um tempo que desejamos seja de paz.
O Natal é um tempo que procuramos viver a família.
O Natal é tempo de recolhimento interior e alegria.
No Natal,
Vamos às celebrações religiosas e lembramo-nos de Deus.
Evocamos todas as guerras e juramos a sua extinção.
Recordamos todas as formas de exploração humana e prometemos a sua abolição.
No Natal,
estamos mais próximos da família e mais junto dos amigos. Mais perto dos seus problemas, sentindo as suas ansiedades e provavelmente mais disponíveis para gestos de solidariedade.
No Natal
lembramo-nos das crianças e oferecemos-lhes presentes.
Trocamos lembranças e recordamo-nos de quem já esquecemos.
Vemos excelentes espectáculos que enchem a época natalícia. Predispomo-nos a ir concertos, lemos mais e até vamos mais ao teatro. Alegramos as nossas crianças com uma ida ao Circo.
No Natal,
cometemos alguns exageros de gula, mas esperamos a indulgência do Criador (que não a do corpo).
Infelizmente, a poluição comercial que o Natal actualmente encerra, aumenta o ruído à nossa volta e impede o nosso discernimento e focagem nos valores que, de facto, deviam ser mobilizadores e orientadores duma sociedade evoluída.
No Natal ligamos pouco à política e baixamos a guarda, sempre aproveitada para aprovar uns diplomas mais polémicos e uns aumentos que nos vão tramar. Na alegria do Natal lá passam.
Talvez por tradição vivemos assim o Natal.
A equipa do Jornal da Bairrada deseja a todos os nossos assinantes e leitores um Santo e Feliz Natal.
António Granjeia*
*Director do Jornal da Bairrada