|
NOTÍCIAS | | | 07-12-2007
| A consulta será aberta a todos os cidadãos
| Cantanhede - Sindicato dos Médicos critica consulta não programada no hospital de Cantanhede |
| O Sindicato dos Médicos da Zona Centro (SMZC) acusou a Administração Regional de Saúde do Centro de "pôr em causa a filosofia" dos cuidados de saúde primários com a criação, no Hospital de Cantanhede, de uma consulta não programada.
Esta consulta não programada para casos agudos do foro ambulatório, cuja inauguração, segundo o sindicato, está prevista para 15 de Dezembro, com a presença do ministro da Saúde, Correia de Campos, será assegurada por médicos de família do Centro de Saúde local.
"Será que este é o caminho para a melhoria das condições de saúde das populações e para a satisfação profissional dos médicos de família?", questiona o SMZC em comunicado.
O novo serviço, a funcionar entre as 08:00 e as 24:00, avançará "sem qualquer normativo legal que o possa sustentar", além de "não estar regulamentado", adianta.
O Sindicato dos Médicos do Centro refere que a consulta não programada está apenas descrita através de "um conjunto de normas contidas no protocolo assinado" entre a Câmara Municipal de Cantanhede e a ARS-Centro, "sem ter havido participação dos interessados".
A consulta do Hospital do Arcebispo João Crisóstomo será "aberta a todos os cidadãos, sejam eles ou não da área de influência do Centro de Saúde" de Cantanhede.
O SMZC alerta que, funcionando a consulta para situações agudas nas instalações do hospital, "fora do Centro de Saúde", afasta "a obrigatoriedade dos médicos" de família irem ali prestar serviço, a não ser que haja acordo nesse sentido.
"Qual a prioridade na reforma dos cuidados de saúde primários: a implementação das unidades de saúde familiar (USF) ou o fecho de serviços de urgência hospitalar e sua substituição por consultas não programadas da responsabilidade dos médicos de família?", pergunta.
A agência Lusa tentou obter esta tarde uma reacção do presidente da ARS-Centro, mas a assessora disse que João Pedro Pimentel não pretendia fazer declarações sobre o assunto. |
| |
|
|
|
|
|
|
|
|