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07-11-2007

A câmara e a junta lá têm ido limpar


Giesta - Lixeira a céu aberto na Bela Vista

Toneladas de detritos e de lixos diversos formam uma enorme lixeira nos caminhos que ficam contíguos à lixeira municipal, na área do lugar da Giesta, no sítio denominado Bela Vista, o que constitui, segundo algumas pessoas, "uma verdadeira vergonha", que se junta à lastimosa ruína dos caminhos.

Este local, que tem algo de assustador, fica na zona da Bela Vista, o que é realmente um verdadeiro sarcasmo. Fica um pouco acima do velho campo de futebol. A começar no estado violentado do caminho, de muito difícil trânsito, com regos e buracos, e a terminar naqueles gordos monturos, onde não faltam ratos e onde por vezes cheira mal, tudo cheira a desmazelo de uns e a abusos de outros. Quando, na verdade, logo abaixo do campo da Bela Vista, existe uma moradia.

Ali, naquela confluência de caminhos, está bem visível um declarado ataque ao ambiente. Escondida de muitos olhos, a lixeira, sem rei nem roque, comporta toda a espécie de detritos e resíduos sólidos. O que abunda mais são carradas de caliçada, retirada de muros e de casas, toneladas e toneladas de desaterro onda há pedra, tijolos, telhas, blocos de cimento e blocos de tijolo burro, lascas de alcatrão, naturalmente provenientes da requalificação de estradas camarárias. Além disso, depois, tudo um pouco; sacos plásticos pretos, cheios de papelada, que se reportam a empresas, ramadas de arbustos e árvores, relva de jardins, toda a espécie de plásticos, incluindo garrafas. Todos os dias vai aumentando Por vezes, até frigoríficos e pneus, lembra Alfredo Nunes Miguel que avança: "qualquer dia, vai até à Blometal. São carradas e carradas, é toda a qualidade de lixo. Toda a gente lamenta, mas dizem que não vale a pena. As pessoas calam-se e as coisas chegam a este estado". Mas também afirma que, de quando em vez, as máquinas da câmara vão lá limpar os montes, transportando-os para o aterro - "por vezes só o que mete mais nojo". "Por ali não se pode passar de carro", refere a esposa.

Alfredo Nunes Miguel aponta mesmo uma solução: a proibição de abandonar os lixos fora da lixeira, que para isso precisava de suportável acesso.

A lixeira começou a gerar-se no fundo de um areeiro, do lado norte, mas começou a transbordar para o caminho e hoje à beira dos dois caminhos, reina uma lixeira a céu aberto, a merecer atenção da parte das autarquias, por todos os motivos e mais um: estes caminhos e estes lixos poderão ser incluídos na (boa) política da câmara da requalificação e melhoria dos caminhos de acesso à floresta. Agora, como está, não está bem aos olhos de quem que seja.

Ouvido Dinis dos Reis Bartolomeu, que avançou que a câmara e a junta lá têm ido limpar, este mostrou toda a sua indignação: "a gente é que não os caça, senão iam ver... O azar é não os caçar. Usam e abusam". Também não descarta a possibilidade dos despejos se efectuarem de noite e admite a vedação da lixeira/aterro.

Armor Pires Mota

armor@jb.pt


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