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31-10-2007

Comissão parlamentar de saúde ouviu subscritores


Anadia - Urgências vão ser restauradas

quanto ao futuro do serviço de Urgências do Hospital de Anadia que, no final do ano, sofrerá alterações no modelo de funcionamento, no âmbito do projecto de redefinição da Rede de Urgências que o Ministério da Saúde tem em marcha.

Esta é, pelo menos, a convicção do grupo de anadienses (Carlos Alegre, João Dias Coimbra, Luísa Pais e Maria do Carmo Matos) que integrou o Movimento Cívica Contra o Encerramento do Serviço de Urgências do Hospital de Anadia e que, na última semana, foi recebido, na Assembleia da República (AR), pela deputada do PS, Fátima Pimenta, da Comissão Parlamentar de Saúde e relatora da petição e abaixo-assinado que, em Novembro de 2006, deu entrada na AR, dando conta do protesto e indignação dos anadienses face às pretensões do Ministério da Saúde.

No final, Carlos Alegre, um dos elementos presente no encontro fez um balanço "negativo" da reunião, dando conta que "a senhora relatora deu a entender que o relatório está pronto e que não vai sair fora do que está definido pelo governo", avançando ainda que, "a decisão está tomada". Também Maria do Carmo Matos reconhece que o serviço irá desempenhar uma outra missão, sendo certo que ninguém sabe que missão, em que moldes, em que horário ou a partir de quando.

Aliás, a única garantia que trouxeram de Lisboa é que o serviço não encerrará até que estejam reunidas, no terreno, todas as condições para prestar a necessária assistência às populações e que os recursos existentes e investimentos realizados não são para desperdiçar, mas que o serviço passará por uma reorganização, tendo em vista a prestação de melhores cuidados de saúde às populações.

Quanto ao eventual encerramento das Urgências, Maria do Carmo avança que "não foi nada especificado, mas acredito que o serviço venha a encerrar durante a noite. Quanto a mim, na melhor das hipóteses funcionará entre as 8 e as 24 horas". Todavia, refere que "aproveitámos para reforçar o conteúdo do documento entregue na AR que deu origem à petição, entregando agora elementos estatísticos actuais, relativos ao primeiro semestre deste ano", acrescentando: "é necessário não esquecer que a média de urgências/dia aumentou, situando-se agora em 117 e que só no primeiro semestre deste ano foram atendidos nas Urgências 21.094 doentes."

Mas, a verdade é que estes representantes do Movimento Cívico sentem uma grande injustiça, não só pelo facto do Hospital ser hoje reconhecido pelos seus altos níveis técnicos e humanos, possuindo infra-estruturas e instalações invejáveis, face a uma outra unidade de saúde localizada num concelho limítrofe, mas porque Anadia é penalizada por uma mera "decisão política" ou melhor dizendo "partidária". Segundo apurámos, a petição irá ser discutida no plenário.

Refira-se ainda que Anadia reuniu, em abaixo-assinado, 14 mil assinaturas contra o estudo apresentado pela Comissão Técnica de Apoio à Requalificação das Urgências e que previa reestruturação deste serviço de Urgências.

Catarina Cerca


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