recebeu de braços abertos, com flores, aplausos, música e igreja a transbordar, o novo pároco, que, por sua vez, prometeu fazer o seu trabalho, no espírito de diálogo. No último domingo, dia 23, o povo do Troviscal vestiu-se de brios para fazer a recepção de um novo pároco, padre Manuel Martins Simões de Melo, 46 anos de idade e 20 de sacerdócio, três meses passados sobre a morte do seu antecessor, padre Manuel Simões da Silva.
O cortejo formou-se junto ao jardim, irmandade, confraria e escuteiros, na frente, banda do Troviscal e povo atrás do novo pároco, acompanhado de mons. João Gonçalves Gaspar, arcipreste, padre António Cruz, padres José Belinquete e Manuel Pinhal e diácono Luís Pelicano.
A posse foi dada, com todas as formalidades, durante a celebração da Eucaristia, solenizada, graciosamente, pela Banda do Troviscal, por mons. João Gonçalves Gaspar que lembrou que, naquele dia, ia ter início uma nova etapa na vida da paróquia, mas não deixou de recordar párocos falecidos, como o padre Bastos que "aqui muito sofreu", o padre António Gonçalves Pereira, alma lavada e tolerante, e o mais recente, padre Manuel Simões da Silva, que serviu com dedicação e zelo.
Para além do juramento de fidelidade à igreja e ao apostolado, padre Melo, que, no dizer do representante do bispo de Aveiro, "deixou marcas por onde passou", expressou dois pensamentos. Por um lado, mostrou-se grato por todas as pessoas que das suas anteriores paróquias (Vila Nova de Monsarros, Vilarinho do Bairro e Ancas e Sever do Vouga) quiseram estar presentes - "é sempre bom sentir o calor da amizade".
Já o segundo constitui verdadeira linha de rumo, ao afirmar que quer estar ao serviço, não só de todos os que participam na vida da paróquia, mas de todos os outros. "Quero que todos me sintam como padre ao serviço de todos". E referiu a melhor via - o diálogo. "Hoje, o diálogo é difícil. Para haver diálogo, é necessária muita humildade. Gostaria de fazer do diálogo a minha grande meta", na diversidade de opiniões. "Irei aprender, com muita humildade, a saber dialogar, de modo que todos se vão conhecendo melhor. A paróquia não vai precisar de uns quantos, mas todos são chamados a dar para que esta paróquia cresça".