para voltar a sentar-se no banco dos réus (14 de Setembro), para ser julgado por dois crimes de prevaricação e um de corrupção passiva, o antigo presidente da Câmara pode vir a ser o próximo presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros de Vagos. Aquele ex-autarca, que manifestou a sua disponibilidade para servir a instituição, disse ter uma "grande paixão" pelos bombeiros. "Estou disponível para muita coisa e também para liderar um projecto", declarou João Rocha, que no entanto apenas avançará se não houver mais ninguém que o queira fazer.
O antigo edil, que assegura manter de momento "relações privilegiadas" com o actual presidente da Câmara, com quem teve em tempos alguns arrufos políticos, que já foram ultrapassados, esclareceu que considera fundamental haver um bom entendimento institucional com a autarquia.
"Os bombeiros também precisam do apoio da Câmara para funcionar", frisou.
A crise directiva nos Bombeiros de Vagos, que estão em gestão corrente, surgiu em Março passado, depois do actual presidente anunciar que não pretende recandidatar-se a novo mandato.
Irredutível na sua decisão, António Castro acederia permanecer em funções por um período de noventa dias, na expectativa de que pudesse vir a surgir uma lista. Pretendia, segundo disse, tentar evitar que a gestão da associação fosse entregue a uma comissão administrativa. Mas o prazo acabou por se esgotar em Junho, sem que o processo eleitoral tivesse sido iniciado. António Castro cumpriu um mandato de três anos.