14 anos depois, o Anadia está de regresso à II Divisão Nacional. Diogo, em período de descontos, fica na história por marcar o golo da vitória frente ao Oliveira do Hospital, mas, verdade seja dita, quem fica na história foi toda uma estrutura, que começou a funcionar com o campeonato já em andamento, toda ela de gente nova, alguns a dar os primeiros passos no mundo do futebol, e com dois conhecedores profundos de futebol: Vítor Alegre no capítulo directo; Fernando Niza, uma velha raposa do futebol, com várias subidas de divisão, com a sua sabedoria coleccionou mais uma. O Águeda continua a habitar na cauda da tabela. Com o quase condenado Santacombadense, os Galos, que jogaram quase todo o jogo com menos uma unidade, não foram além de uma igualdade a zero, insuficiente para sair da zona de despromoção, porque as vitórias de Gafanha, Valonguense e Valecambrense em nada ajudaram. No campeonato onde o Anadia irá estar na próxima época, o Oliveira do Bairro garantiu a manutenção na derradeira jornada. Naquela que foi a melhor exibição da segunda volta, os Falcões, no jogo do tudo ou nada, não vacilaram, e para os mais cáusticos, que em nada acreditavam, os jogadores deram uma grande resposta e deixaram o clube no lugar onde merece, na II Divisão. O Pampilhosa despediu-se do campeonato como começou, a perder, de novo em casa, diante do aflito Madalena, que com a vitória também garantiu a permanência, ao contrário de Pombal, Portomosense e Mirandense. 2 A duas jornadas do fim, o Anadia, com quatro pontos de vantagem sobre o segundo, o Sátão, depois de garantir a subida, quer agora o título da Série C. O próximo capítulo passa pelo terreno do Milheiroense. Não será fácil, mas numa equipa com a corda toda, é possível trazer pontos. O Águeda joga em casa com o Gafanha. Duas equipas aflitas, pior os Galos com menos dois pontos, o que equivale por dizer que só os três pontos podem manter a chama viva para as bandas de Águeda. É que na última jornada joga em Anadia.
Manuel Zappa zappa@jb.pt |