A ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima, aceitou ontem reunir-se com a REDE, que congrega 18 estruturas profissionais, para "debater os problemas da dança contemporânea". Isabel Pires de Lima deslocou-se a Aveiro para participar nas comemorações do Dia Mundial da Dança, promovidas pelo Teatro Aveirense e pela "REDE", associação que integra 18 estruturas profissionais de dança contemporânea e que lhe formulou o pedido para uma reunião conjunta, "com a secretaria de Estado e o Instituto das Artes". Graça Passos, da REDE, declarou à Lusa estar satisfeita com a receptividade de Isabel Pires de Lima ao encontro, porque "é importante que conheça a realidade dos problemas da dança contemporânea e que sejam debatidas soluções". Uma das questões a debater, segundo adiantou Graça Passos, será o novo sistema de apoio às artes, perspectivando-se que, em 2009, com novo regulamento, as estruturas sejam convidadas, enquanto a REDE defende que se deve manter o sistema de concurso. Isabel Pires de Lima salientou o esforço feito pelo governo de não diminuir o orçamento de apoio às artes. "O Ministério teve a opção política de não diminuir o apoio e até de o aumentar. Além dos concursos normais, abrimos a linha Território Artes, pelo que houve um aumento de um milhão de euros", declarou. A ministra reconheceu que "o sector da dança é dos mais frágeis", o que atribuiu a razões culturais e às dificuldades de conquista de novos públicos. Segundo a ministra, "é de incentivar a formação de públicos jovens", num trabalho que "tem de ser desenvolvido de forma continuada". "Nos teatros que tutelamos estamos a procurar desenvolver o serviço educativo, o que é importante para fortalecer o tecido cultural", exemplificou. A ministra realçou também a aposta na descentralização cultural, procurando incentivar a saída das grandes companhias, em colaboração com estruturas independentes e com as câmaras municipais. |