Um "grupo de cidadãos" convocou para dia 20 uma "vigília de protesto" contra o possível encerramento da urgência do Hospital de Anadia. Num texto de apelo à participação na iniciativa, salienta-se que o hospital é o único ponto no concelho de atendimento permanente de cuidados de saúde, funcionando 24 horas por dia. O Serviço de Atendimento Permanente de Sangalhos funciona das 8:00 às 22:00, após ter sido reduzido o horário, "com o argumento da existência de urgências do hospital a cerca de 3 quilómetros". "Foram gastos milhões de euros em obras de beneficiação no exterior e interior do edifício, assim como em novos equipamentos e formação do pessoal, para que os serviços prestados aos utentes sejam da melhor qualidade", realçam os promotores da iniciativa. Com o encerramento das urgências do hospital, "a população do Concelho fica desprotegida sem condições de atendimento permanente" e os Bombeiros de Anadia "não têm meios suficientes para fazerem face a um acréscimo de actividade, nem ambulâncias equipadas em número suficiente para dar uma resposta conveniente". De acordo com os dados que enumeram, o hospital de Anadia serve e dá cuidados médicos a uma população estimada em cerca de 45 mil pessoas, residente no Concelho de Anadia e dos Concelhos limítrofes. Tendo recorrido ao serviço de urgências do Hospital mais de 41 mil pessoas durante o ano de 2005, o que dá uma média de 113 pessoas por dia, das quais mais de 53% foram consideradas como urgentes, muito urgentes e emergentes. "Não concordamos com o encerramento das urgências do nosso Hospital sem que sejam garantidas e criadas as condições mínimas de assistência às populações, nomeadamente com o funcionamento em permanência de um SAP, que permita dar resposta ás diversas necessidades da população, já que a doença não escolhe hora", refere o apelo à participação na vigília de sexta-feira, com início previsto para as 21:00 frente à Câmara, seguido de marcha silenciosa até ao Hospital. |