O julgamento de quatro italianos acusados da introduzir em Portugal automóveis de luxo furtados em Itália, foi hoje adiado pelo Tribunal de Aveiro para 22 de Janeiro de 2008, por não ter conseguido contactar um dos arguidos. A falta de resposta a uma carta rogatória por parte de António Codemi, considerado um dos "cérebros" da rede internacional de viciação de automóveis, foi o motivo que levou o colectivo de juízes a adiar o início do julgamento para 2008, devendo ser expedidas novas cartas rogatórias. Os quatro italianos, António Condemi, Armando Baggio, Vittorio Cocimano e Luciano Mocellini, são acusados de furtar automóveis topo de gama em Itália, com duplicados das chaves obtidos na Alemanha, que depois eram legalizados na Alfândega de Aveiro. De acordo com a investigação feita pela Polícia Judiciária que consta da acusação, os automóveis, das marcas Mercedes, Audi e BMW, eram furtados em Itália e vendidos através da Alemanha, onde obtinham os duplicados das chaves, e depois legalizados em Portugal. O "negócio", desenvolvido pelos quatro italianos, levantou suspeitas à Alfândega de Aveiro quando o livrete e registo de propriedade apresentados para legalizar uma viatura corresponderam a uma informação internacional de documentos que haviam sido furtados. Comunicada a suspeita à Polícia Judiciária, esta veio a apreender várias viaturas, que haviam sido vendidas por um comerciante de automóveis português que se deslocava regularmente à Alemanha para adquirir automóveis usados, e que desconheceria a sua origem e viciação. Durante a investigação, a Polícia Judiciária de Aveiro detectou sete automóveis nessas circunstâncias, um dos quais foi apreendido ainda no stand, enquanto os outros já tinham novos proprietários. |