O grupo Bosch está apostar na produção de equipamentos para energias renováveis, principalmente painéis solares térmicos e geotermia, e Aveiro foi escolhido para instalar um centro de investigação de água quente, afirmou o seu representante em Portugal. João Paulo Oliveira, que falava na conferência de imprensa para apresentação dos resultados de 2006 em Portugal, explicou que o centro resulta de um investimento de 10 milhões de euros e deverá estar concluído no final do ano. Em dois mil metros quadrados de laboratórios, em 2010 estarão a trabalhar 100 pessoas, segundo as estimativas do responsável. Além dos painéis solares térmicos, cuja produção já arrancou, "há planos para outros produtos na área das renováveis, da água quente e do aquecimento", referiu, sem acrescentar quais poderão ser os outros equipamentos. Na área das energias renováveis, que deverá ter um desenvolvimento acentuado nos próximos anos, o grupo Bosch está a apostar na produção de painéis solares térmicos, onde o retorno do investimento é de cinco a seis anos, como explicou aos jornalistas João Paulo Oliveira. O objectivo do grupo é desenvolver um colector solar que represente a melhor solução em termos de preço/qualidade, tendo em conta a adequação às condições climatéricas em Portugal, onde existem muitas horas de sol por ano. A Bosch tem mais relutância em desenvolver a actividade no solar fotovoltaico pois, "até agora, não é economicamente rentável e o retorno do investimento demora 13 a 15 anos", implicando a necessidade de apoios do governo, uma direcção que o grupo alemão não pretende seguir, referiu João Paulo Oliveira. No total do grupo, até 2010, o objectivo que as renováveis representem 10 por cento da facturação da divisão de bens de consumo. O Centro de Competência Mundial para Tecnologias de Aquecimento de Água fica em Aveiro, onde está a BBT Termotecnologia Portugal que fabrica esquentadores, caldeiras e colectores. Esta empresa do grupo Bosch é a maior fábrica europeia do sector, tem operações comerciais em 55 países e é líder no mercado de esquentadores com uma quota de 45 por cento. |