Jornal da Bairrada dedica esta edição, de início da primavera ao ambiente. Coincidindo com o equinócio de Março (dia 21 às 0h07 e durando 92,75 dias), esta edição tentará fazer um retrato de como os bairradinos vêem esta problemática e também de como as suas instituições o tratam. Como o equinócio que significa, noites iguais, a ideia é também de pelo menos começarmos a dar ao ambiente a possibilidade de ser tratado em pé de igualdade com o nosso comodismo e desperdício. Infelizmente, todos somos demasiado egoístas, pensamos demasiado no nosso conforto e na facilidade da vida moderna em detrimento das pequenas maçadas de reciclar o lixo, de poupar a água, de reciclar uma pilhas etc. Traçar uma pequena fotografia dos problemas ambientais na região, das soluções já em funcionamento, dos projectos dos autarcas, das situações críticas que se arrastam há anos como a limpeza da pateira, mas também perceber quais as soluções para o tratamentos dos esgotos, para a gestão da água ou quais as novas tecnologias que poderemos utilizar no futuro e mais amigas do ambiente. Nesta época de consumo desenfreado, um dos principais e mais nefastos para as mudanças que já hoje sentimos, o chamado aquecimento global, é o dispêndio e desperdício de quantidades absurdas de energia. Este é o ponto que teremos de ponderar num futuro mais próximo não apenas pela utilização de energias renováveis e mais limpas mas para terminarmos a dependência suicida dos combustíveis fosseis. Teremos de fazer isto sem cairmos nos fundamentalismos paralisantes, mas olhando de frente os problemas que todos já vemos no dia a dia como as cheias e os calores, fora de época, ou a erosão das nossas praias (veja-se o triste caso da Costa da Caparica e da nossa praia da Vagueira ) e a cada vez menor qualidade das nossas águas.
António Granjeia* *Administrador do Jornal da Bairrada |