O presidente da Câmara de Ílhavo, Ribau Esteves, vai vestir terça-feira o fato de cantoneiro da limpeza municipal, acompanhado de outros vereadores, numa acção de recolha selectiva de lixo, na zona antiga da cidade. A acção insere-se no programa "+Eco 2007" com que a Câmara de Ílhavo assinala a "Semana do Ambiente", e terá início pelas 07:00 de terça-feira, num gesto com que Ribau Esteves pretende simbolizar a importância da adesão dos moradores à experiência-piloto de recolha porta-a-porta dos lixos urbanos. "O envolvimento dos cidadãos é fundamental nesta experiência- piloto, que servirá para estudar se o sistema porta-a-porta é o melhor caminho a seguir, permitindo avaliar os custos, os ganhos de higiene do espaço urbano e outros factores. Vamos ver se o sistema é sustentável", disse o presidente da Câmara aos jornalistas. A recolha selectiva porta-a-porta vai abranger, durante um período experimental, a zona antiga da cidade, desde a Rua Cimo de Vila até à Igreja Matriz, de forte densidade urbana. Segundo o vereador do Ambiente, Marcos Ré, a produção de resíduos sólidos urbanos daquela área, que compreende 625 casas, situa- se actualmente numa média diária de 1,2 quilos por habitante. A produção de lixo nesta zona tem estado a ser observada, para depois ser feita a avaliação da medida. "É importante que os cidadãos façam a gestão dos seus resíduos sólidos urbanos, sob a bandeira da redução", afirma o autarca, que, juntamente com o presidente, vai estar a recolher o lixo de casa em casa. A recolha porta-a-porta foi a principal novidade da política de Ambiente para este ano, apresentada hoje em conferência de imprensa pelo executivo, em que foram ainda anunciadas outras medidas. A Câmara de Ílhavo vai iniciar a recolha selectiva de óleos usados, em parceria com uma empresa da especialidade, começando pela recolha apropriada no eco-centro municipal, que será alargada por acções dirigidas aos estabelecimentos de restauração e às cantinas escolares. Uma outra parceria com uma empresa privada vai fazer avançar igualmente durante este ano a recolha selectiva de lâmpadas fluorescentes, no eco-centro municipal. Em 2006, a recolha de resíduos sólidos urbanos através dos eco- pontos municipais registou um crescimento em todos os materiais, sendo mais significativo no vidro, que passou de 507 toneladas anuais para 605, mas também com alguma expressão no papel, que em 2006 se cifrou nas 327 toneladas contra as 275 do ano anterior. Na rede de mini-ecopontos instalada nas escolas do concelho registou-se uma diminuição, face a 2005, do papel, o que Ribau Esteves atribui à crescente utilização dos meios informáticos que equipam os estabelecimentos de ensino. |