Um "colete medicinal" desenvolvido pela Universidade de Aveiro para controlar os sinais vitais, o "Vital Jacket", está a despertar o interesse de empresas para a sua comercialização, disse, ontem, à Lusa João Paulo Cunha, coordenador do projecto. De acordo com aquele professor universitário, o "Vital Jacket", apresentado em Outubro, suscitou o interesse de algumas empresas, no sentido de "fazê-lo evoluir para um produto de mercado" e estão em curso negociações concretas com uma delas, que está no mercado dos biosensores. Aquele investigador escusou-se a adiantar mais pormenores, admitindo que estão a ser desenvolvidas novas funcionalidades do produto, depois de ter sido testado com êxito no Hospital de S. Sebastião, em Santa Maria da Feira. Trata-se de uma peça de vestuário que permite a monitorização à distância dos sinais vitais do utilizador, em qualquer lugar onde se encontre. Sinais cardíacos, temperatura, saturação de oxigénio no sangue e a actividade física podem ser continuamente analisados através de sistemas electrónicos e informáticos ligados à roupa por comunicação sem fios. O "Vital Jacket" dispõe ainda de diferentes sistemas electrónicos de monitorização em casa ("home-monitoring") ligados em rede, como por exemplo, uma unidade de medição de pressão arterial, uma balança, um dispensador automático de medicamentos, entre outros. Desenvolvido na Universidade de Aveiro, o produto congrega tecnologia têxtil e micro-electrónica, baseado num conceito criado pelo grupo de Sistemas de Informação na Área da Saúde, que posteriormente desenvolveu a vertente micro-electrónica, informática e de comunicações. |