Estarreja, Ovar, São João da Madeira e Anadia são hospitais que, pelo relatório, irão ficar sem o serviço de urgência, o que o PCP contesta, defendendo a sua valorização.

Em comunicado, a estrutura de Aveiro do PCP "apela a todos os que até hoje têm estado na luta por melhores cuidados de saúde, para se manterem unidos, exigindo a manutenção dos serviços de Urgência que fazem falta às populações".

Para o PCP, as decisões foram já tomadas antes da apresentação do prime iro estudo e a clarificação de critérios como a mobilidade sazonal e risco industrial "serviu apenas para justificar as decisões já tomadas, com números absolutamente irreais".

"Como é visível pelo resultado final, estas decisões foram tomadas antes de ser apresentado o primeiro estudo. Daí para cá, somente se procedeu a uma encenação de "diálogo democrático com a sociedade", que não tinha como objectivo alterar o fundamental das medidas anteriormente anunciadas", afirmam os comunistas.

Segundo o PCP, as "mexidas pontuais" propostas no relatório final mais não servem do que para justificar tais decisões, o que está bem visível pelo facto de o relatório se referir aos contributos da consulta pública sem indicar o seu sentido.

O PCP estranha que, "sendo público que autarquias e outras entidades en tregaram ao Ministério e à Comissão estudos fundamentados, realizados por entida des credíveis, a Comissão e o Ministério insistam num comportamento autista de q uem não consegue compreender o mundo que os rodeia".

"Por mais cambalhotas que a Comissão e o Ministério possam dar, a vida encarrega-se de demonstrar que o que os Serviços de Urgência do Distrito de Avei ro precisam não é de serem encerrados mas sim valorizados em termos materiais e humanos, ou aproveitados na sua excelência, como é o caso do Hospital de Anadia" , conclui o comunicado do PCP.