A comissão de utentes da A17/A29 manifestou-se ontem confiante de que aquelas auto-estradas serão contempladas na reavaliação admitida pelo ministro das Obras Públicas à introdução de portagens em algumas SCUT, por falta de alternativas. O ministro, Mário Lino, reafirmou segunda-feira que vão ser aplicadas portagens nas auto-estradas sem custos para o utilizador (SCUT) do Grande Porto, Costa de Prata e Norte Litoral, mas sublinhou que o Governo ainda não decidiu se as portagens serão introduzidas em toda a sua extensão. Mário Lino sublinhou que "não há nenhuma auto-estrada em Portugal que não tenha troços sem portagens, ou porque não há alternativas ou por qualquer outra razão" e admitiu que, se houver situações semelhantes nessas SCUT "serão tidas em consideração". O ministro garantiu ainda que "em todos os casos" serão ouvidos os autarcas dos concelhos envolvidos. Numa nota hoje difundida, aquela comissão regista "o recuo da posição do ministro devido à contestação das populações" e salienta aguardar por uma reunião com Mário Lino, pedida em Dezembro, para expor as suas posições. "Só podemos concluir que não vão ser introduzidas portagens na A17 e A29, pois a Nacional 109 não é alternativa", escreve a comissão. "O percurso entre Espinho e Mira pela A17 e A29 demora cerca de 50 minutos e pela estrada nacional 109 (única alternativa) demora 1:48 minutos, passando por 115 passadeiras 46 semáforos e 15 rotundas, estrada esta paredes-meias com escolas, infantários e igrejas", descreve a nota. Continuamos à espera da resposta do ministro ao nosso pedido de reunião feito em Dezembro, mas não iremos deixar de lutar pelo que achamos uma justa reivindicação" conclui a comissão de utentes da A17 e A29. |