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10-12-2006

Que a Igreja de Aveiro seja âncora e farol para crentes


Sé "transbordou" para receber D. António Francisco como novo bispo

Os fiéis encheram, na sexta-feira, a Sé de Aveiro para assistir à posse do novo bispo, D. António Francisco, que disse pugnar por uma Igreja que seja "âncora e farol para crentes e não crentes".

D. António Francisco rezou junto ao túmulo da Princesa Santa Joana, no antigo Mosteiro de Jesus, seguindo depois em cortejo processional até à Sé, acompanhado dos vários arcebispos e bispos católicos e ainda dos representantes de outras igrejas cristãs, como a metodista e a ortodoxa.

Nas palavras que dirigiu aos diocesanos durante a Eucaristia, D. Antóni o Francisco disse fazer seus os planos pastorais já assumidos, mas não deixou de apontar algumas linhas de reflexão sobre o que deverá ser o seu ministério.

"Que a Igreja de Aveiro seja âncora e farol para crentes e não crentes, uma igreja aberta aos problemas humanos, aos desafios da cultura e às exigência s do nosso tempo", apontou.

Referiu-se aos pergaminhos da cidade e da diocese em defesa da liberdade e ao prestígio científico da sua universidade, exortando a que a igreja aveirense "seja ousada na caridade e criativa na alegria cristã, onde o religioso reencontre lugar e cidadania".

Às autoridades civis presentes prometeu "total disponibilidade para trabalhar com o espírito de leal colaboração, em ordem ao progresso de Aveiro e no respeito pela especificidade" da missão.

"Volto-me no meu pensamento e oração para os pobres, doentes, idosos sem ninguém e a todos quantos fragilizados não estão connosco", disse o novo bispo , que agradeceu o "acolhimento caloroso e fraterno" que lhe foi dado pelos dioce sanos.

"Cada um é um irmão. Convosco sou cristão e para vós sou bispo", disse ainda, garantindo a sua disponibilidade e incentivo a todos os padres da Diocese .

D. António Marcelino, seu antecessor, garantiu que vai continuar em missão porque "um bispo nunca deixa de o ser", mantendo-se "disponível para todos e para o que D. António Francisco entender conveniente, em comunhão com o novo bispo e assumindo o lugar discreto de um seguidor fiel".

"A vida de qualquer bispo não é outra senão de comprometimento na missão da Igreja, por toda a sua vida", concluiu D. António Marcelino, visivelmente e mocionado.

Após a leitura da Bula Papal de nomeação de D. António Francisco dos Santos para bispo de Aveiro, pelo vigário geral da Diocese, monsenhor João Gaspar, foi transmitido simbolicamente o poder diocesano, após o que os dois bispos se abraçaram.

No final da Eucaristia foi feita a oferta simbólica de um galhardete po r cada um dos dez concelhos que formam a Diocese de Aveiro e D. António Francisc o recebeu cumprimentos de felicitações.


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