A ARCA - Associação de Recreio Cultura e Assistência, de Aguada de Baixo, esteve em festa no passado sábado, onde, num jantar convívio, festejou vinte primaveras. Mesmo tratando-se de uma colectividade jovem, a ARCA já atingiu a maturidade, já tem uma história para contar, uma história rica e que está à vista de toda a gente. A noite serviu para homenagear os dez presidentes que ajudaram a construir essa mesma história, mas não foram os únicos. “A ARCA está viva” A direcção pediu e os sócios e amigos compareceram ao jantar de aniversário. Isso motivou ainda mais o seu presidente. José Manuel Pereira referiu isso mesmo: “Este momento é sempre único. Entrámos na maturidade e tudo o que se fez foi ponderado, com confiança e é sempre bom sentir o vosso apoio”. Esse apoio foi dado nas janeiras, na disponibilidade da Junta de Freguesia, no Centro e Paraíso Social e no Campismo, onde o diálogo entre as associações tem sido frutífero. José Manuel Pereira espera que a ARCA não perca a sua identidade, a mística, a aposta na formação e a qualidade humana. “Temos que ser objectivos, fortes, unidos. Só assim se conseguem os grandes êxitos”, disse o líder da ARCA. Horácio Marçal, médico do clube, falou também na maturidade e não se esqueceu da acção de todos, dirigentes, atletas, treinadores e patrocinadores, que ajudaram a fazer a história da ARCA. Mas este homem da terra não se esqueceu de outras duas figuras do clube: “Se não fosse Ildebrando Veiga, sócio n.º1, não sei se haveria ARCA, como também o mentor do pavilhão, Carlos Almeida, que teve a ombriedade para o fazer”. E Ildebrando Veiga foi o orador seguinte. O sócio n.º1 falou dos treinadores, e mais de Filipe Fonseca, que tem sido incansável ao longo dos anos, falando depois de como a ARCA nasceu. “Antes de nascer oficialmente, talvez meio ano antes, numa noite menos bem dormida, pela pujança que trouxe, em boa hora nasceu. Foi pensada, estruturada e que se tem prolongado pelos tempos fora, dando a oportunidade à nossa juventude, sabendo congregar toda a gente desta terra, dando também mostras ao mundo daquilo de que o clube e Aguada de Baixo são capazes. Sinto-me feliz por aquilo que se fez ao longo destes 20 anos”. Depois, veio a surpresa da noite com a direcção a homenagear os dez presidentes, a saber Carlos Reis (presidente n.º1), Carlos Almeida, Vital Dias, Idálio Torres, José Nunes, António Miranda, Manuel António Lavoura, Pedro Neves, Camilo Moreira e Luís Oliveira. A direcção também entregou uma lembrança a Horácio Marçal, Ildebrando Veiga; treinadores, Jorge Lavoura, Tozé e Filipe Fonseca; atleta, Jorge Ferreira; sócio, António Albano e cozinheiro (Quim) pela confecção do jantar. De regresso aos discursos, Tomás da Fonseca, vice-presidente da AFA, começou por referir que a “ARCA está viva e com muito valor. Os sócios podem estar descansados que o clube vai continuar. Não é fácil encontrar tanta gente disponível como aqui”. Noutro tom, o dirigente focou que os 20 anos da ARCA “já têm uma história, uma história rica e que está à vista de toda a gente. É importante a formação e a dedicação que deram este ano às camadas jovens. A formação é a continuidade do vosso trabalho”. “Grande envolvência das pessoas” O presidente da Junta de Freguesia de Aguada de Baixo aproveitou o momento para falar de alguns problemas que afectam a sua freguesia, de pedir mais apoio à Câmara Municipal de Águeda. Paulo Alves, pelas respostas de Jorge Almeida, vice-presidente da autarquia, deve ter ficado satisfeito. Falando da ARCA, o presidente da Junta de Freguesia referiu que, com a passagem de mais um aniversário, “a ARCA continua a fazer história, sempre com esforço e dedicação. Quero congratular-me pela coragem que José Manuel Pereira teve em agarrar a ARCA num momento difícil”, mostrando-se disponível para continuar a ajudar dentro das possibilidades financeiras da Junta de Freguesia. Jorge Almeida mostrou-se deslumbrado com aquilo que observou ao dizer: “É nisto que nós somos ricos, a grande envolvência das pessoas em torno do clube. Esta é uma data muito especial, o que mostra toda a capacidade associativa. Gostaria de lançar um desafio, que todos se unam em prol das freguesias”. Jorge Almeida comentou que o orçamento e plano de actividades da Câmara Municipal de Águeda irá contemplar algumas obras referenciadas por Paulo Alves. As intervenções terminariam com o discurso do presidente da Assembleia-Geral da ARCA. Augusto Brito diria que “são vinte anos de vida, vinte anos de sacrifício, vinte anos difíceis, vinte anos à espera de apoio, vinte anos que valeram a pena. A ARCA passou por um momento difícil com a saída do anterior presidente. Quero elogiar esta direcção que garantiu o leme e proporcionou esta festa”. A terminar, Augusto Brito deixou o desejo de que a “ARCA seja um meio público, um espaço de lazer e cultura, ao serviço do desporto da freguesia”.
Manuel Zappa |