Augusto Inácio despediu-se hoje bastante emocionado do Beira-Mar, clube que representou durante ano e meio e que abandona para ingressar nos gregos do Ionikos e admitiu levar consigo alguns futebolistas do plantel aveirense. Até à próxima sexta-feira, Inácio vai apresentar uma lista de possíveis reforços à direcção do clube grego, que inclui três ou quatro jogadores do actual plantel do Beira-Mar. "Vá para onde for, passe por onde passar, nunca será melhor que o Beira-Mar. Poderá ser igual, mas nunca melhor. Em termos de dirigismo há pouco disto em Portugal", confessou Augusto Inácio. Para o técnico, que pela segunda vez na sua carreira sai do país (a primeira foi para o Qatar), a permanência em Aveiro durante um ano e meio "foi uma satisfação e um orgulho". Inácio afirmou que a direcção do Beira-Mar esteve sempre informada sobre o processo que conduziu à sua saída para o clube grego. "A partir do momento em que recebi o convite, a direcção do Beira-Mar acompanhou tudo. O processo foi muito claro. A direcção do Ionikos queria que eu me vinculasse antes do jogo com o Sporting e exerceu pressão antes do jogo com o Benfica, mas achei que não era a altura certa", disse. Inácio confessou ter falado, no final do jogo Benfica-Beira- Mar, com o seu homólogo Fernando Santos, uma vez que o actual técnico "encarnado" já trabalhou na Grécia, que lhe disse: "vai que tomas boa opção". O contrato entre Augusto Inácio e a formação grega é válido por época e meia, mas o técnico português pode abandonar o clube helénico caso este desça de divisão. O presidente do Beira-Mar, Artur Filipe, enalteceu o trabalho de Inácio no clube de Aveiro e deixou a "porta aberta" ao regresso do técnico. "Isto não é uma despedida. Também sei que tenho as portas abertas. Quando puder, virei cá ver um jogo do Beira-Mar junto da massa associativa, dos ultras auri-negros, porque lhes devo esse favor", finalizou Inácio. |