O programa, designado "Cidades Polis - Cidades Turísticas Acessíveis?", é promovido pelo Núcleo Regional do Centro da Associação Portuguesa de Paralisia Cerebral, tendo como parceiros a Associação Portuguesa de Planeadores do Território e o Instituto de Formação Turística.

Leiria, Coimbra, Aveiro, Castelo Branco e Viseu são as cidades onde o projecto irá intervir, pretendendo chegar aos profissionais que "desenham, constroem, gerem e dinamizam espaços e estruturas no âmbito do turismo e lazer".

Assim, na acção que decorrerá em Leiria entre 24 de Novembro e 17 de Janeiro, os promotores do projecto vão querer envolver arquitectos, engenheiros, autarcas, profissionais de saúde, construtores civis, operadores turísticos e empresários.

Identificar o que há a fazer nas cidades para eliminar as barreiras que dificultam o acesso de pessoas com deficiência aos equipamentos e sensibilizar os profissionais para que nos novos projectos - seja de espaços ao livre, seja de edifícios - tenham em conta a necessidade de existir uma utilização "universal", nomeadamente ao nível do turismo.

"O turismo é, cada vez mais, uma aposta estratégica para o desenvolvimento do país, pelo que não podemos esquecer que as pessoas com necessidades especiais também têm direito a usufruir do turismo e das cidades", sustentou Rogério Patrício, coordenador do projecto.

Por seu turno, Pedro Silva, da Associação Portuguesa de Planeadores do Território, afirmou que, em breve, "começará a ser obrigatória [nos cursos superiores na área do planeamento e urbanismo] a disciplina de 'design universal'", permitindo que os equipamentos estejam preparados, desde a origem, para serem utilizados por pessoas com deficiência.

"A cidade só é atractiva quando pode ser acessível a todos", acrescentou.

O programa de acções de formação, que começou em Coimbra no dia 20 de Outubro, terá início em Aveiro a 02 de Fevereiro do próximo ano, chegando a Viseu a 16 de Março e a Castelo Branco a 04 de Maio.

Segundo Pedro Silva, esta iniciativa assume importância reforçada pelo impacto que pode ter na transformação das cidades até 2010, Ano Europeu da Inclusão.