Aposta no ensino profissional, maior ligação às empresas e a reflexão sobre as motivações dos jovens que nem estudam nem trabalham são preocupações das escolas para o futuro do emprego e da formação no concelho de Ílhavo.
O tema esteve em debate, esta quinta, no Museu Marítimo de Ílhavo no seminário sobre os desafios da empregabilidade.
Figuras ligadas à indústria, à política, ao ensino e às IPSS refletiram sobre o tema e o ponto comum acentua a importância de levar as ferramentas disponíveis ao conhecimento das famílias.
Fernando Paiva Castro, presidente da Câmara de Comércio e Indústria do Distrito de Aveiro, refere que o ensino profissional é fundamental tal como as escolas industriais foram no passado.
O dirigente admite preocupação pela falta de mão de obra num país que precisa de imigrantes para fazer funcionar a economia e que tem quase 200 mil jovens que nem trabalham nem estudam (com áudio)
A preocupação demonstrada pelos patrões da indústria.
Das escolas chega um relato que encaixa nesta preocupação.
Eugénia Pinheiro, diretora do agrupamento de escolas da Gafanha da Nazaré, admite que as escolas são hoje espaço preenchido por alunos de excelência e alunos que não querem nem estudar nem trabalhar (com áudio)
Eugénia Pinheiro revela que a escola na Gafanha da Nazaré tem alunos de 32 nacionalidades.
A diretora de agrupamento revela que há alunos preocupados com o futuro e em stress pela incerteza do mundo em que vivem e “alunos desligados”.
Como sugestão deixou a recomendação de melhoria de transportes para ajudar à formação de adultos interessados em frequentar cursos de revalidação de competências.
Lembra que em 2021, no concelho de Ílhavo, 50% da população tinha escolaridade inferior ao 9º ano.
Conceição Canhoto, diretora do agrupamento de Ílhavo, defende maior ligação entre escolas e empresas.
Assegura que é o caso do seu agrupamento que procura, por exemplo, estar mais próxima da Vista Alegre para potenciar o curso de design (com áudio)
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