Anabela Freitas, vice-presidente da Turismo Centro de Portugal, defendeu hoje, em jeito de balanço do 10.º Fórum de Turismo Interno Vê Portugal, que a atividade turística é um sinónimo de Paz, mas que é preciso um esforço conjunto para assegurar que é um objetivo que se cumpre.
“Não é por acaso que escolhemos a Paz como tema deste Fórum. A Paz é um dos 17 objetivos do desenvolvimento sustentável mas, como ficou demonstrado nos painéis deste encontro, temos todos de trabalhar para cumprir este desígnio”, disse Anabela Freitas, na Sessão de Encerramento do Fórum, no Teatro-Cine de Torres Vedras.
Na sua intervenção, a dirigente da Turismo do Centro agradeceu aos mais de 500 participantes que compareceram no encontro durante os três dias, bem como aos oradores que enriqueceram os vários painéis.
Fazendo um resumo dos principais assuntos abordados no Fórum, concluiu que, “sendo o turismo um dos fatores de coesão do território, também ficou evidente, nestes dias, que é um setor frágil e sensível às ameaças externas”.
Laura Rodrigues, presidente da Câmara Municipal de Torres Vedras, usou também da palavra na Sessão de Encerramento, para agradecer a presença de todos e destacar a importância dos assuntos debatidos nos três dias de evento.
“O Turismo anda lado a lado com a Educação, que é necessária para a tolerância e para a compreensão do outro. Pegando no mote do evento ‘Turismo, Ponte para Gerar Entendimentos’, deixo o desafio de criarmos pontes a nível internacional com territórios que sofram com a guerra. Podemos todos fazer a nossa parte”, sustentou.
O primeiro painel da manhã, moderado, como todos os painéis do dia, pelo jornalista Paulo Baldaia, foi dedicado ao tema "O Turismo como Ferramenta de Construção e Manutenção da Paz".
Os oradores foram Maryna Mykhailenko, Embaixadora da Ucrânia em Portugal, Euhenia Kubakh, Diretora de Desenvolvimento na organização ucraniana “Centro das Liberdades Civis”, Prémio Nobel da Paz em 2022, Dulcineia Ramos, vereadora da Câmara Municipal de Torres Vedras e o Pe. Joaquim Ganhão, Capelão do Santuário de Fátima.
O painel concluiu que “os turistas podem ser embaixadores da paz” e um dos momentos de maior destaque foi protagonizado pela Embaixadora da Ucrânia, quando desafiou os portugueses a visitarem o seu país “depois da vitória”. “Esperamos 200 mil portugueses depois de vencermos”, disse.
O segundo painel teve como assunto “A Paz como Destino Turístico", com intervenções de Filipe Domingues, Representante em Portugal do IEP – Instituto para a Economia e Paz, Ana Jacinto, Secretária Geral da AHRESP, Bernardo Trindade, Presidente da AHP – Associação da Hotelaria de Portugal, Lídia Monteiro, Vogal do Conselho Executivo do Turismo de Portugal e Jaime Mayaki, Diretor do Departamento de Cooperação Técnica da OMT – Organização Mundial do Turismo.
Os oradores concordaram que, onde não há um destino seguro e em paz, o turismo não poderá ser um fator de desenvolvimento e crescimento económico.Seguiu-se o painel “A Paz Começa Aqui! Formas de Estimular a Cooperação e a Coesão Territorial”.
Numa conversa animada, os oradores foram Purificação Reis, Presidente da ACISO – Associação Empresarial Ourém – Fátima, António Marques Vidal, Presidente da APECATE, Miguel Torres, Presidente da Direção da Minha Terra e Jorge Brandão, Vogal Executivo da Comissão Diretiva do Centro 2030.
O Fórum terminou com o painel “Impactos da Guerra na Economia Mundial e Nacional”.
Para esta conversa, contribuíram Javier Ruescas, Especialista Sénior em Inteligência de Mercado e Competitividade na OMT – Organização Mundial do Turismo, D. Américo Aguiar, Cardeal e Bispo de Setúbal, e João Duque, Presidente do ISEG – Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade de Lisboa.
O “Vê Portugal” juntou mais de 500 participantes em Torres Vedras, ao longo de três dias de debate e de iniciativas variadas, numa organização da Turismo Centro de Portugal e do município de Torres Vedras.
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