O futuro da Câmara, o futuro do país e o futuro da Europa foram temas abordados por Ribau Esteves no Feriado Municipal de Aveiro.
O autarca referiu-se aos desafios deixando garantida que vai manter o ritmo até ao último dia em que exercer funções.
E que pretende deixar criadas bases do trabalho para os próximos anos.
Ribau coloca as autárquicas de 2025 como marco relevante para o futuro do Município (com áudio)
Ao Governo pediu clarividência para não se perder e deixou alertas sobres os dossiês prioritários da ampliação e qualificação do Hospital Infante D. Pedro, do Centro Académico Clínico e de criação do Curso de Medicina na Universidade de Aveiro.
“Aveiro e Portugal têm necessidade urgente de um Governo Bom e Corajoso, que materialize reformas e induza crescimento económico e coesão social, que faça o que é necessário e não se afunde na espuma dos dias, nem se perca em estéreis disputas de protagonismo e de politiquice que infelizmente acontecem todos os dias na atual Assembleia da República, com protagonistas das cores mais antagónicas na luta por liderarem a oposição e a atrapalhação a quem governa o País”.
Quanto ao futuro da Europa pediu competência para as reformas necessárias e agilidade no processo de alargamento e vincou a importância das eleições de Junho para afirmar a centralidade do projeto com preocupação sobre a governabilidade da União Europeia.
O crescimento de forças extremistas nos países europeus afigura-se como um dos desafios dos próximos anos.
“De 6 a 9 de junho os Europeus são chamados a votar para o Parlamento Europeu, sendo muito importante reforçar o centro político europeu, representado pelo Partido Popular Europeu e pelo Partido Socialista Europeu, cuidando de evitar problemas graves de ingovernabilidade das instituições da União Europeia no caso de ocorrer um forte crescimento dos extremismos”.
O Feriado Municipal distinguiu entidades e personalidades do município e atribui medalha de Ouro à Marinha Portuguesa.
Gouveia e Melo, Chefe do Estado-Maior da Armada, discursou para alertar para os desafios enfrentados por Portugal no âmbito da UE e da NATO.
O almirante que lidera a Armada não tem dúvidas. A Europa e a Organização do Tratado do Atlântico Norte vão enfrentar “testes de stress” (com áudio)
“Portugal deve ter em conta que na sua posição geoestratégica, apesar de aparentemente afastado da linha da frente de batalha, não poderá ignorar as tempestades que se aproximam. Teremos que reagir enquanto sociedade, sair do comodismo e indiferença, de uma certa preocupação inconsequente em que nos encontramos. A defesa dos nossos interesses, das nossas vidas, exige mais do que nunca uma atitude ativa e vigilante”.
Ribau Esteves quis dar força ao reforço da estrutura militar e fez a defesa da reflexão sobre o regresso do serviço militar obrigatório.
“Numa Europa e num Mundo em guerra, despoletadas pela loucura de poucos e afetando a vida de milhões, a Marinha e as Forças Armadas assumem um papel de capital importância para a manutenção da Paz e a cuidada capacitação de evitar ou gerir a guerra, sendo muito importante que os Cidadãos estejam bem sensibilizados para esta realidade. É importante debater se é ou não pertinente voltar a ter Serviço Militar Obrigatório, mas é minha profunda convicção que é segura e absolutamente relevante implementar uma cuidada Formação Militar Obrigatória, em especial dos mais novos, para se capacitarem a perceber o Mundo em que vivemos, formando uma Opinião Pública conhecedora do complexo Mundo em que vivemos e melhor preparada para qualquer eventualidade”.
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