O ilhavense Diogo Ferreira apresenta o livro "O Curandeiro da Morte".
Evento agendado para esta tarde, às 17h30, no Café Amizade, em Aveiro.
É o segundo livro do autor ilhavense que conta com a animação do projeto aveirense de música eletrónica Lvx Obscvra em performance inspirada no universo do livro.
Depois do primeiro conto de terror “esta casa é para vender” ter sido publicado em outubro de 2023, Diogo Ferreira lança agora a novela “O Curandeiro da Morte”, que se passa numa aldeia esquecida pelos mapas, onde um homem honesto e trabalhador é atacado por uma doença inexplicável que nem médicos ou padres conseguem resolver.
Numa comunidade subserviente, temente e coscuvilheira, a esposa desse homem decide, em desespero, enviar os dois filhos à procura de um certo curandeiro.
Sobre o que esperar desta novidade, Diogo Ferreira resume ao dizer que “vamos descobrir toda uma sobrenaturalidade rural que atua em segredo, que opõe o livre-arbítrio de uns e a feitiçaria de outros à religião e aos bons costumes. Entre si lutarão o conhecido e o desconhecido, o medo e a esperança, o desprezo e a compaixão, a crueldade e a inocência, a dor e a salvação”.
Questionado sobre se continua envolvido na temática do terror, o autor revela que “apesar deste livro conter passagens tenebrosas e provavelmente ofensivas, a toada está mais relacionada ao fantástico e ao sobrenatural negro do que propriamente ao horror dito tradicional”.
“Contudo, prossigo com aquilo que me dá mais prazer na escrita, que é a exploração e a descrição do sofrimento, o que faz com que a narrativa seja pesarosa e agonizante em quase todos os momentos”.
Edgar Allan Poe para o terror, Franz Kafka e Voltaire para o comentário social continuam a ser as maiores influências de Diogo Ferreira.
Miguel Torga inspira os cenários e à criação do próprio curandeiro.
A fotografia e o design da capa são de Soraia Martins, a paginação ficou a cargo de Inês de Carvalho e as ilustrações têm assinatura de Débora Pereira e Sérgio Marques.
Diogo Ferreira nasceu a 20 de outubro de 1987 e é natural de Ílhavo.
Depois de trabalhar na área das telecomunicações de 2008 a 2020 como técnico de qualidade de equipamentos de rede e aplicações web e móveis, surgiu a oportunidade de se dedicar a tempo inteiro ao jornalismo musical.
Hoje é colaborador do jornal O Ilhavense.
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