As Universidades portuguesas assumem papel decisivo na difusão do conhecimento, na alfabetização e na literacia mas o trabalho de progresso do país está de longe de atingir o seu potencial máximo.

Mensagem deixada no encontro de reflexão promovido pelo Conselho Geral da Universidade de Aveiro na celebração dos 50 anos de Abril de 74 e nos 50 da fundação da Universidade de Aveiro.

Eduardo Marçal Grilo, antigo Presidente do Conselho Geral da UA e antigo Ministro, admite que esse é um dos desafios (com áudio).

Celebrar conquistas mas também ousar ir mais longe.

José Ribau Esteves, Presidente da Câmara de Aveiro, assinala a importância da abertura e comunhão entre a Universidade e a comunidade envolvente.

E sobre a gestão política admite que há desafios que comprometem a academia relacionados com o ordenamento e articulação entre diferentes graus de ensino.

Desafia a Universidade de Aveiro a assumir participação ativa na elaboração do Plano Estratégico Educativo do município.

O autarca espera que o ensino superior ajude a qualificar todo o setor da educação (com áudio).

Da parte do Reitor da UA ouviram-se elogios à iniciativa do Conselho Geral.

Paulo Jorge Ferreira admite que é importante refletir em fórum aberto com a sociedade civil.

Num olhar para o passado, o Reitor destaca a evolução do país nos últimos 50 anos em particular pela forma como deixou de revelar orgulho pela ignorância em busca do conhecimento (com áudio).

António Oliveira, presidente do Conselho Geral, incidiu a intervenção nos sonhos que tem para a academia em Portugal.

O empresário aplaude o trajeto mas diz existe margem de progressão para ambicionar uma presença mais determinante na vida social.

"A UA tem ainda muito conhecimento e competências que ainda não foram completamente explorados. Ficaria mais contente se visse vinda da UA uma maior intervenção nas discussões sobre governação do território e solução de problemas sociais. Ficaria mais contente se visse a UA ainda mais proativa junto do mundo empresarial. Ficaria mais contente se visse a UA ainda com mais coragem e determinação para saltar os muros do campus e imiscuir-se na sociedade civil".

Na lista de oradores contam-se Luísa Loura (Diretora da PORDATA, Base de Dados de Portugal Contemporâneo), Daniel Bessa (Economista e docente aposentado da Universidade do Porto), Luís Aguiar-Conraria (Presidente da Escola de Economia e Gestão da Universidade do Minho), Paula Arriscado (Diretora da Divisão Corporativa Pessoas, Marca e Comunicação – Salvador Caetano) e Pedro Nuno Teixeira (Docente da Faculdade de Economia da Universidade do Porto).