O presidente da Assembleia Municipal de Aveiro admite que o fim do espaço cultural “Mercado Negro” deixa uma “cicatriz feia” no panorama cultural e recreativo da cidade.
Luís Souto comentava as notícias sobre o encerramento do espaço, esta terça-feira, para dar lugar a uma unidade de alojamento.
Em texto publicado nas redes sociais, Souto lembra que o interior do edifício era um hino à decoração por artes e artistas e convite ao convívio de jovens e menos jovens e que “acrescentava valor”.
Sobre o efeito do turismo, admite que há exemplos em cidades do norte da Europa que apontam noutro sentido em que os bairros são, em si, espaços de atração.
“Em Copenhaga, há muitos anos que um bairro inteiro alternativo em lugar de ser arrasado transformou-se num espaço icónico de visita obrigatória. Por Aveiro tínhamos o Mercado Negro e pouco resta de lugares identitários para a fruição dos que apreciam a sinceridade da noite”.
Luís Souto espera que, no mínimo, seja possível manter a traça do edifício.
“O turismo, cada vez mais feito de experiências, de encontrar pequenos segredos, também perde com este encerramento, ainda que ganhe mais um espaço de pernoita que esperamos valorize o património daquela casa”.
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