Os incêndios florestais consumiram este ano, en tre 01 de Janeiro e 15 de Outubro, 75.052 hectares, uma área equivalente a um te rço do distrito do Porto, indica um relatório disponibilizado hoje no site da Di recção-Geral dos Recursos Florestais (DGRF). No mesmo período do ano passado arderam 337.766 hectares devido aos inc êndios florestais, quase quatro vezes e meia mais do que este ano. O relatório da DGRF, intitulado "Incêndios Florestais 2006, conclui que no período em causa foram registadas 21.681 ocorrências (fogos florestais e fog achos), responsáveis por 75.052 hectares de área ardida, 36.521 dos quais em pov oamentos e 38.530 em matos. "O acréscimo da área ardida verificado face ao último relatório resulta essencialmente do processo de actualização das áreas para incêndios anteriores ocorridos nos distritos de Castelo Branco, Porto e Leiria", refere o documento. O relatório do organismo do Ministério da Agricultura acrescenta que "a nalisando os meses de maior risco de incêndio de 2006, é possível constatar que o número de ocorrências apenas regista valores superiores ao valor médio dos últ imos cinco anos durante o mês de Agosto, sendo que para os restantes meses esse valor é inferior". Segundo a DGRF, 67 por cento da área ardida apurada (50.375 hectares) e trinta e quatro por cento do número total de ocorrências registaram-se durante o mês de Agosto. Os distritos do Porto (4.675 hectares), Braga (2.916) e Aveiro (2.054) foram aqueles que registaram o maior número de ocorrências, totalizando 45 por c ento do total dos incêndios florestais e fogachos registados. Em termos de valores mais elevados de área ardida, o distrito de Viana do Castelo surge no topo, com 15.908 hectares destruídos pelas chamas, seguindo- se Braga (10.247 hectares), Porto (6.870) e Viseu (6.419), que correspondem a 53 por cento do total da área ardida. "A área ardida até 15 de Outubro apresenta um decréscimo bastante significativo face à média do último quinquénio (menos 149 mil hectares queimados), e muito expressivo face a 2005 (menos 263 mil hectares)", avança o documento. Quanto às principais espécies afectadas pelos incêndios florestais, o r elatório da DGRF aponta o eucalipto (10.503 hectares destruídos) e o pinheiro-br avo (10.049 hectares). O documento refere ainda que arderam quase 12 mil hectares de perímetro s florestais (terrenos baldios geridos por privados), mas nenhuma área de mata n acional foi afectada pelos fogos. |